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Para comandar o Exército, o escolhido foi o general cuiabano Júlio Cesar de Arruda, na Marinha, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen

Lula escolhe general cuiabano para comandar o Exército

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, escolhe general cuiabano para comandar o Exército

Para comandar o Exército, o escolhido por Lula foi o general cuiabano Júlio Cesar de Arruda, na Marinha, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen e para a Força Aérea Brasileira (FAB), o brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.

A decisão ocorreu (8) em reunião com o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Os nomes deverão ser anunciados em breve, oficialmente.

Os novos comandantes das Forças Armadas vão substituir o almirante Almir Garnier Santos (Marinha); o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior (FAB) e general Marcos Antonio Freire Gomes (Exército). Eles tomaram posse em abril de 2021, depois que os antecessores rejeitaram maior alinhamento político ao presidente Jair Bolsonaro e deixaram os cargos.

O atual chefe do Estado Maior da Armada, almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire também disputava o posto com o almirante Olsen. Aguiar Freire é o chefe do Estado-Maior da Armada, órgão máximo de assessoria do comandante. Em 25 de novembro, transferiu-se para a reserva após 12 anos como oficial quatro estrelas, mas o desligamento ainda não é oficial.

Como uma forma de prestigiá-lo, o novo governo nomeará Aguiar Freire como comandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. É tradição o órgão ter como chefe um oficial-general do último posto (quatro estrelas) de qualquer uma das três Forças, da ativa ou da reserva, indicado pelo ministro da Defesa.

Lula e o general

O almirante passou por problemas de saúde neste ano e, como havia uma expectativa de que ele antecipasse a reserva, Olsen passou a  ser cotado para comandar a Marinha. Ele era inclusive substituto do chefe atual.

Na FAB, não houve surpresa, uma vez que o mais cotado era mesmo Damasceno, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica. Ele também  transferiu-se para a reserva em 25 de novembro por tempo máximo na carreira, mas o desligamento efetivo da Força ainda não ocorreu.

Arruda, por sua vez, também era o mais cotado para comandar o Exército por ser o mais antigo. Nos bastidores, aliados de Lula chegaram a mencionar a proximidade do general com militares do entorno do presidente Jair Bolsonaro, mas o critério de antiguidade, como forma de não desagradar à tropa, prevaleceu.

Contudo, a indicação dos nomes que vão compor a Defesa é estratégica para o presidente eleito diante da politização das Forças Armadas. Assim que tiver o nome anunciado como ministro. Múcio deverá iniciar a transição com os novos comandantes, que devem assumir os postos ainda neste mês.

Tradicionalmente, a passagem de comando no caso de mudança de governo ocorre em janeiro. Mas os comandantes decidiram antecipar para este mês a transmissão de cargo.

Diferentemente dos atuais comandantes, os sucessores tem perfil discreto, não usam redes sociais e evitam assumir posições políticas.