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Com o DNA ligado a Sipal/CentroSul/Usimat, grupo São Jorge quer aproveitar o emergente potencial agrícola do Agronegócio de Mato Grosso

Mato Grosso recebe investimentos no Agronegócio

Com o DNA ligado a Sipal/CentroSul/Usimat, CEO quer aproveitar o emergente potencial agrícola do Agronegócio de Mato Grosso no Matopiba e integrá-lo ao Porto do Itaqui

O grupo maranhense São José Agro, liderado pelo CEO Roberto Altenburger, planeja integrar a produção agrícola do agronegócio do Matopiba e do Vale do Araguaia, no Mato Grosso, ao Porto de Itaqui, em São Luís, por meio de dois terminais de escoamento para grãos e recepção de fertilizantes, com capacidade conjunta de 250 mil toneladas, e uma transportadora, consolidando um hub logístico ligando o Nordeste a mercados estrangeiros.

Aliás, o São José Agro já conta com duas fazendas, uma de seis mil hectares no município de Fernando Falcão, no Centro Maranhense. Enquanto que no leste do Estado, tem outra de dois mil hectares em Caxias. Serão mais de 4,5 mil hectares destinados ao plantio de grãos, como soja, milho, feijão e gergelim, além da agropecuária com o confinamento de bovinos. Portanto, as primeiras safras estão previstas já para o início de 2023.

Nas imediações da propriedade de Caxias, o grupo irá instalar um terminal de escoamento para receber a safra de outros produtores. O transporte até o Porto de Itaqui será realizado, concomitantemente pelos modais rodoviário e ferroviário. Já há uma frota de caminhões pronta para operação e um convênio sendo estruturado com a Ferrovia Transnordestina Logística (FTL).

Agronegócio em Mato Grosso

O grupo ainda define aspectos estruturais e ambientais para a aquisição da área do terminal em São Luís, finalizando assim a integração logística entre produtor e porto. De acordo com Altenburger, todo o planejamento está relacionado a algumas vantagens competitivas do estado. “Destaco a boa gestão do Porto do Itaqui, o ótimo calado e a questão geográfica, que diminui em uma semana o tempo de navegação na comparação com portos do Sul e Sudeste”, ressalta. Somente em setembro, Itaqui movimentou 3,5 milhões de toneladas, com alta na exportação de granéis sólidos, soja e milho, além do ferro-gusa.

Além do porto, os investimentos do grupo são sustentados pela consolidação do Maranhão como protagonista no Matopiba, a nova fronteira agrícola brasileira. Desse modo, o estado contou com melhorias recentes em infraestrutura, capacitação rural e investimentos em tecnologia que garantiram um solo fértil para diferentes culturas. Contudo, os números falam por si. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o estado tem hoje a 14ª produção agropecuária com um VPB  na casa dos R$ 18,5 bilhões.

Em 2013, o VPB do estado era de R$ 10,567 bilhões, um crescimento de 75%. No mesmo período, a agropecuária do Nordeste cresceu 49%, e o total da produção brasileira 31%. “O crescimento é real e estruturado. O Maranhão é a nova aposta do agrobusiness brasileiro”, diz Altenburger.