Meteoro que caiu em Minas Gerais também foi avistado em outros Estados
Um meteoro brilhou em Minas Gerais, nos céus de Patos de Minas, Uberlândia, entre outras cidades do Triângulo Mineiro. Sendo registrado também por câmeras em São Paulo e outros estados. O fenômeno ocorreu na noite de sexta-feira (14) e, de acordo com relatos de moradores, o objeto veio da direção oeste. Ainda não há informações sobre as dimensões da rocha espacial que adentrou a atmosfera.
A passagem do objeto foi registrada por câmeras da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON). Assimi como no Clima ao Vivo em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
De acordo com informações da BRAMON, o objeto pode ser considerado um bólido. Este é o nome dado meteoros de grandes dimensões, que então demoram para se queimar na passagem pela atmosfera terrestre. Além do brilho, a passagem deles costuma vir junto de um estrondo.
Após analisar as imagens, a BRAMON concluiu que a rocha começou a brilhar quando estava a 86,6 km de altitude na região da zona rural de Uberlândia. Depois, ela seguiu a 43,7 mil km/h e assim percorreu mais de 100 km em 9 segundos. O meteoro então desapareceu a 18,3 km de altitude, entre os municípios de Perdizes e Araxá, ainda em Minas Gerais.
Especialista explica queda do meteoro em Minas Gerais
Renato Las Casas, ex-coordenador do grupo de astronomia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que toneladas de material espacial vêm para o nosso planeta diariamente. “Nos últimos anos, temos mais câmeras registrando os fenômenos”, disse ele. “Portanto, a grande maioria dos meteoros não sobrevive à queda e se pulveriza”.
Esses meteoros ocorrem quando algum fragmento de rocha espacial atravessa a atmosfera da Terra, viajando a velocidades tão altas que eles comprimem e aquecem os gases à frente, criando uma bolha de plasma luminoso — por isso, o fenômeno acaba conhecido como “bola de fogo”. Geralmente, os objetos responsáveis pelas bolas de fogo não sobrevivem intactos à passagem pela atmosfera terrestre. Eles podem, portanto, se queimar por completo ou algum pedaço deles pode atingir a superfície — neste caso, o que sobra do meteoro é um meteorito.