Na mostra “Os Segredos do Homem Velho”, fotografias astronômicas mostram diferentes formas no céu
Está aberta a exposição “Os Segredos do Homem Velho”, no Museu de História Natural de Mato Grosso. Até o dia 15 de julho, a mostra apresenta fotografias astronômicas da constelação do Homem Velho e de objetos astronômicos que estão na mesma região, feitas em Mato Grosso, por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O Homem Velho é uma constelação observada pelos povos originários da América Latina, inclusive grupos no Mato Grosso, desde muito antes da colonização europeia, que indicava o início da estação chuvosa ou o início do Verão, dependendo da região.
Sua forma lembra uma pessoa, segurando um cajado, com um penacho na cabeça e uma perna que só vai até o joelho. As estrelas que formam essa constelação estão na região do céu onde vemos Touro e Órion. Seu joelho da perna mais longa são as Três Marias, que também fazem parte do Cinturão de Órion, e o penacho são as Plêiades, conjunto de estrelas que fazem parte da Constelação de Touro.
Trabalho envolve longa exposição a luz
“As imagens são feitas reunindo fotos de diferentes dias, cada uma com 5 minutos de exposição e sempre compensando o movimento da Terra, para que o objeto que queremos observar esteja sempre em foco. Além disso, como precisamos de muitas fotos para construir a imagem final, a coleta precisa ser feita em diferentes dias, demorando meses. Às vezes, até anos para conseguirmos um bom resultado”, explicou o professor Pablo Edilberto Munayco Solorzano, coordenador do projeto de extensão tecnológica O Céu de Mato Grosso.”
“Exposição” é o tempo que o sensor de uma câmera digital fica exposto à luz para fazer uma fotografia. Nossas fotos do dia a dia geralmente ficam expostas por milésimos de segundo. As fotos do professor Pablo precisam somar aproximadamente 20h de exposição para alcançar o resultado desejado.
“Depois as fotos ainda passam por um software que vai alinhar elas e fazer a correção das cores. Usamos como referência as imagens que a NASA divulga para que o resultado final fique o mais fiel possível à realidade”, completa o professor Pablo.
A mostra é uma parceria entre os projetos Fisicarte e o Céu de Mato Grosso. Mas este último com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat). Ela fica aberta de quarta a domingo, das 8h às 18h. O valor da entrada é R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia), com entrada gratuita aos domingos.