Na última semana, a semeadura do algodão da safra 2023/24 iniciou em MT, com 0,26% da área estimada para o ciclo já semeada, até o dia 8
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até essa mesma data, o plantio da soja não havia finalizado no estado. Cerca de 1,35 milhão de hectares (ha) deverão ser cultivados nesse ciclo.
Em relação às regiões do estado, apenas a sudeste iniciou os trabalhos a campo, com 1,14% da área projetada já semeada. Cabe destacar que a região representa 56,39% da área total de primeira SAFRA do estado. O que reflete semeadura mais adiantada, se comparada com as demais regiões. Além disso, de acordo com dados obtidos pelo Imea, as chuvas registradas durante a última semana estimularam o início dos trabalhos a campo na região.
Estimativa
Ainda de acordo com o Imea, a estimativa de área de algodão em Mato Grosso – MT, exibe aumento em dezembro. Conforme dados divulgados no início do mês. A estimativa de área para a safra 2023/24 do algodão, em Mato Grosso é de 1,35 milhão ha. Ou seja, um aumento de 3,21% ante a estimativa de novembro e de 12,60% quando comparado com ao registrado na safra 2022/23.
“Cabe ressaltar que há fatores ainda em aberto que podem influenciar na produtividade final do ciclo, como o percentual de área semeada dentro das condições consideradas ideais, os fatores climáticos. Bem como a incidência de pragas e doenças no decorrer da temporada. Diante do reajuste de área e a manutenção na estimativa de produtividade, a produção do algodão em caroço ficou em 5,78 milhões de toneladas, volume 2,91% superior ao registrado na safra 2022/23”, apontam os analistas.
Contexto
O cenário de intenção de incremento na área pautado, principalmente, pela estimativa de redução no custo de produção do cotonicultor. O que estimula os produtores a investirem no algodão. Além disso, com o clima seco e quente afetando as lavouras de soja, muitos produtores, que já possuem o algodão como opção de segunda safra. Portanto, estão optando em deixar de ressemear a oleaginosa para destinar essas áreas para o algodão. Isso, uma vez que a fibra está mais competitiva em relação ao milho.