Segundo o presidente do Sindicato Rural, Carlos Royttmen, essa foi a primeira vez que foi ministrado um curso somente para mulheres no município
Débora Raquel Rocha, 36 anos, é cozinheira e fornece marmitas para uma fazenda do Distrito de Itaquerê, em Novo São Joaquim, mas a autônoma quer aproveitar mais do que o campo pode oferecer. Dessa forma, ela agarrou a oportunidade de aprender a profissão do esposo: operador de tratores agrícolas por meio de um curso ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e Sindicato Rural, em uma turma exclusiva para mulheres composta por 14 participantes.
Aos 19 anos, atualmente, Danielly cursa administração, tem o sonho de fazer a segunda graduação em Agronomia e ser dona da sua própria propriedade rural. “Tenho vários planos e um deles é adquirir a minha própria fazenda. O conhecimento obtido hoje superou as minhas expectativas, assim como vai me ajudar no futuro, com certeza”.
De acordo com o instrutor credenciado ao Senar-MT, Jonathan Silva Rocha, a tecnologia tem contribuído para que as mulheres ingressem principalmente em profissões vistas majoritariamente como masculinas.
Emanuele Rodrigues de Carvalho é motorista de van escolar e se mudou para a zona rural há apenas alguns meses. Para ela o trator foi uma realização de um sonho.
Objetivo do sindicato é qualificar mão de obra
A Vila Itaquerê, em Novo São Joaquim, reúne cerca de 200 moradores, majoritariamente funcionários de fazendas ao arredor e seus respectivos familiares. Composta por apenas onze ruas, a vila tem uma escola, onde a professora Carla de Carvalho Gomes ministra aulas.
Vivenciando a realidade dos moradores da vila e a necessidade de capacitação, foi a educadora quem foi o primeiro contato da região com os cursos ofertados pelo Senar-MT e Sindicato Rural.
Para o mobilizador do Sindicato Rural, Saulo Ramos de Souza, o objetivo do sindicato é qualificar mão de obra.