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Um grupo de pesquisadores identificou sob as ruas de Nápoles, na Itália, uma Necrópole grega de 2,5 mil anos utilizada pelos cristãos e antes disso pelos gregos que colonizaram a região

Necrópole grega é descoberta no subsolo de Nápoles

A Necrópole grega esta a cerca de 10 metros do nível do solo atualmente

Um grupo de pesquisadores identificou sob as ruas de Nápoles, na Itália, uma Necrópole grega de 2,5 mil anos utilizada pelos cristãos e, antes disso, pelos gregos que colonizaram a região. Com ajuda de tecnologia de ponta, o local que já conhecido por especialistas anteriormente, mas nunca escavado, observado pela primeira vez.

A pesquisa aconteceu no bairro de Rione Sanità, e os pesquisadores encontraram restos mortais de gregos do período helenistico – século 6 a 3 a.C – e catacumbas de cristãos que datam do período romano, a quase 2 mil anos atrás.

De acordo com o estudo recentemente publicado na revista Scientific Reports, os restos são da antiga Nápoles. Isto é, são edifícios, ruas, aquedutos e necrópoles estão enterrados sob a cidade moderna a cerca de 10 metros abaixo do nível atual do solo. Por isso, o local nunca foi escavado, a fim de evitar danos às estruturas acima dele.

O pouco que se sabe sobre a cidade enterrada é devido a estruturas subterrâneas construídas posteriormente. Assim como cisternas no século 16 e abrigos antibombas da Segunda Guerra Mundial, que permitem o acesso.

Tecnologia de ponta para observar a Necrópole

Para conseguirem visualizar o interior da necrópole, os pesquisadores utilizaram uma tecnologia conhecida como muografia, que mede a passagens de múons, partículas subatômicas semelhantes ao elétrons, só que mais pesadas, para formar imagens. As imagens são criadas a partir de emulsão nuclear.

Dessa forma, um filtro super sensível captura as partículas carregadas e visualiza o caminho feito por elas. No entanto, é difícil aplicar a técnica, porque os múons vem de cima sendo necessário que o filtro fique abaixo do nível dos objetos observados.

Portanto, os pesquisadores colocaram os receptores a 18 metros de profundidade por 28 dias em um porão que foi construído no século 19 para envelhecer presunto. Durante esse período, o filtro capturou cerca de 10 milhões de múons.

Para complementar a análise da necrópole, ainda fizeram uma varredura a laser 3D, que foi cruzada com o fluxo de múons. Essa combinação resultou na descoberta de uma câmara funerária de 2 por 3,5 metros