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Das 74 milhões de moradias brasileiras, quase 9 milhões não possuem acesso à rede geral de água, segundo pesquisa

Nove milhões de moradias brasileiras não possuem acesso à rede de água

Pesquisa mostra que metade das moradias do país convive diariamente com algum tipo de privação no saneamento

Das 74 milhões de moradias brasileiras, quase 9 milhões não possuem acesso à rede geral de água. Enquanto 17 milhões de residências contam com uma frequência insuficiente de abastecimento. O dado é da pesquisa “A vida sem saneamento: para quem falta e onde mora essa população?”, do Instituto Trata Brasil (ITB). E em parceria com a EX ANTE Consultoria Econômica e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

O estudo ainda mostra que 22 milhões de moradias não contam com coleta de esgoto e que metade das residências do país convive diariamente com algum tipo de privação no saneamento. Ou seja, aproximadamente 1 milhão não possuem banheiro.

A análise traça o perfil socioeconômico e demográfico da população brasileira impactada pela privação nos serviços de saneamento básico, com dados da PNADCA. Além do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2013 e 2022.

O relatório do Nordeste, cerca de 17 a cada 100 moradias ainda não estavam ligadas à rede geral de abastecimento de água tratada. A população indígena, contudo, tem a maior frequência de condição de privação de acesso à água tratada. Onde 19 a cada 100 pessoas estavam nessa condição. Todavia a análise identificou que 70,2% da população morando em habitações sem acesso à rede de distribuição de água tratada estava abaixo da linha de pobreza em 2022.

De acordo com Luana Pretto, para reverter esse cenário, é necessário que o saneamento básico seja priorizado dentro das políticas públicas.

“Precisamos de um plano de habitação na qual se incentive as reformas das residências precárias. A construção de banheiro nas habitações, para que haja, de alguma forma, algum subsídio para que essa população carente, tenha acesso ao mínimo de dignidade necessário para poder ter condições de se desenvolver e ter possivelmente uma maior escolaridade, uma maior renda e então uma possibilidade de ascensão social”, completa.