A apneia do sono é uma condição na qual as vias respiratórias podem entrar em colapso e impedir ou reduzir o fluxo de ar durante o sono. Atualmente, existem apenas dois tratamentos para a doença: um aparelho equipado com uma máscara utilizada enquanto a pessoa dorme – pouco confortável – ou cirurgia.

No entanto, uma solução menos invasiva está a caminho: o primeiro spray nasal para apneia do sono. O novo medicamento, desenvolvido pela Universidade Flinders, obteve resultados promissores em testes com humanos.

Spray nasal contra apneia do sono

• O novo remédio para apneia do sono consiste em um spray nasal usado para aumentar a contração dos músculos da garganta e das vias respiratórias;
• A hipótese é de que, desse modo, mantenha as vias aéreas abertas e reduza a probabilidade de uma interrupção do fluxo respiratório;
• Em experimentos com dez voluntários, o remédio reduziu a gravidade da doença em 70% dos casos;
• Além disso, diminuiu a gravidade em 25% a 45%, aumentando os níveis de oxigênio e reduzindo a pressão arterial.

Como conduziram os experimentos?

Os experimentos com o spray foram conduzidos com cinco homens e cinco mulheres diagnosticados com apneia obstrutiva do sono (AOS), com uma idade média de 55 anos. Dividiram o grupo aleatoriamente em três: um recebeu um spray nasal de placebo, outro grupo recebeu um spray nasal original, e o terceiro grupo recebeu o mesmo, mas teve a respiração restrita apenas pelo nariz, utilizando fita adesiva na boca.

Cada participante completou três estudos de sono noturno, com uma diferença aproximada de uma semana entre eles. Sete dos dez apresentaram uma redução na gravidade da AOS, em comparação com o placebo. Os níveis de saturação total de oxigênio também foram mais altos nesse caso. Por outro lado, os participantes cuja respiração foi restrita não apresentaram melhora significativa, mesmo recebendo o spray nasal original. Inclusive, quando uma faixa era usada na boca ou queixo, a condição tendia a piorar.

Expansão de tratamentos

Em conversa com o New Atlas, os pesquisadores destacaram que a pesquisa é um caminho para o desenvolvimento e aprovação de novas terapias e medicamentos menos invasivos para a apneia do sono. A equipe do estudo, publicado na revista Heart and Circulatory Physiology, pretende aprofundar as descobertas em novas investigações.