A gordura se forma ao redor dos órgãos e está ligada a dezenas de comorbidades – de colesterol alto a Alzheimer e câncer
Por que isso preocupa?
Há anos, pesquisas indicam que esse tipo de acúmulo está ligado a diversas condições e problemas de saúde. Ou seja, colesterol alto, diabetes tipo 2, AVC, problemas de fertilidade, alguns tipos de câncer, doenças hepáticas e neurológicas. Há apenas algumas semanas, inclusive, pesquisadores da Universidade de Washington (Estados Unidos) anunciaram mais um estudo relacionando a gordura visceral ao aumento da incidência de Alzheimer.
A gordura visceral é tão nociva porque libera substâncias inflamatórias e hormônios que podem causar inflamação crônica no corpo.
Como saber se tenho gordura visceral?
Embora estar acima do peso e ter acúmulo visível na região do abdômen sejam indicativos da sua existência, a gordura visceral pode existir também em pessoas aparentemente magras, sem barriga visível.
Homens, mulheres que já atingiram a menopausa e pessoas que consomem bebida alcoólica com regularidade têm maior risco de armazenar gordura na região abdominal.
O diagnóstico pode ser feito no consultório, por profissionais de saúde e também por você com uma fita métrica. Embora existam exames de imagem, a medida da circunferência abdominal é uma ferramenta de diagnóstico usada internacionalmente.
Homens com circunferência acima de 94cm e mulheres acima de 88cm já teriam maiores riscos. Essas referências podem variar de acordo com características pessoais (como etnia), e precisam ser avaliadas junto a outros fatores.
Como se livrar dela?
A combinação de alimentação saudável e exercícios físicos é essencial. Pode ser também um sinal de que outros indicadores de saúde estão desregulados e, por isso, é essencial o acompanhamento com profissionais.
No entanto, existem recomendações gerais propostas pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos e que também se aplicam à redução de corporal no geral:
- Ter uma alimentação saudável, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e fontes de proteína com baixo teor;
- Evitar o consumo de carboidratos refinados e produtos com açúcares adicionados (pães brancos, bolos, bolachas, balas, doces, refrigerantes);
- Praticar pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidades moderada a vigorosa toda semana;
- Dormir, de sete a nove horas por noite;
- Manejar o estresse e manter relacionamentos saudáveis.
Em resumo, a chave para prevenir o acúmulo de gordura visceral – e evitar diversos outros problemas de saúde – está na consistência dos seus hábitos. O verdadeiro ‘segredo’ é a persistência e o comprometimento com um estilo de vida saudável, equilibrado e consciente.