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Secretário da Otan, Jens Stoltenberg, condena declaração sobre independência dos territórios da Ucrânia

Declaração de reconhecimento de territórios da Ucrânia é condenada pela Otan

Otan condena reconhecimento da independência de territórios da Ucrânia conforme declaração do Vladimir Putin

O Secretário-Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, condenou a decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de assinar um decreto reconhecendo duas regiões do leste da Ucrânia como territórios independentes. Em nota, Stoltenberg afirmou que a posição de Putin mina os esforços de paz na região.

“Eu condeno a decisão da Rússia de reconhecer a autoproclamada ‘República Popular de Donetsk’ e ‘República Popular de Luhansk’. Isso mina a soberania e integridade territorial ucraniana, corrói os esforços em prol da solução do conflito e viola os Acordos de Minsk, dos quais a Rússia é signatária”, afirmou Stoltenberg em nota.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, segui o mesmo caminho. O chanceler alemão também disse a Putin, durante um telefonema, que qualquer movimento desse tipo equivaleria a uma “violação unilateral” dos acordos de Minsk. Ou seja, tem o objetivo de pôr fim a um conflito separatista no leste da Ucrânia.

Os Acordos de Minsk foram assinados em 2015 por Rússia e Ucrânia, em negociações das quais também participaram Alemanha e França; para estabelecer a paz na região do leste ucraniano, marcado por conflitos entre os separatistas e a Ucrânia.

Este passo é uma violação flagrante do direito internacional

Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, busca apoio das potências ocidentais. Enquanto Putin reconhecia duas regiões do país como independentes, Zelenskiy conversava com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e já manifestou interesse em conversar com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a decisão de Putin vai desencadear sanções da União Europeia.

“Este passo é uma violação flagrante do direito internacional, bem como dos acordos de Minsk”, disseram Von der Leyen e Michel. “A União (Europeia) reagirá com sanções contra os envolvidos neste ato ilegal”, acrescentaram.

Fonte: Agência Brasil