Se comparadas as previsões do outono de 2023, a estação será pouco mais quente; friozinho só chega mesmo em junho
O outono começou nesta quarta-feira (20) e, segundo a meteorologia, embora traga alívio para as ondas de calor vividas recentemente, deve tornar o tempo mais seco e com temperaturas ainda acima da média em boa parte do Brasil, principalmente se comparado ao outono de 2023. De acordo com informações, o clima ocorre devido aos feitos persistentes do El Niño, além da atmosfera mais quente, influenciada por um Oceano Atlântico mais aquecido.
- A nova estação iniciou-se às 0h06 do dia 20 de março e se estenderá até às 17h51 do dia 21 de junho;
- A estação de transição entre o verão e o inverno normalmente é caracterizada por chuvas mais escassas no interior do Brasil e temperaturas bem amenas;
- Este ano, no entanto, o outono deve ser mais seco e quente que ano passado;
- A partir do dia 21, uma frente fria deve avançar, quebrando o padrão de calor. Com a massa de ar frio, as temperaturas devem ter uma queda, em especial no Sul e no Sudeste;
- O friozinho mais rígido, por outro lado, só chega entre maio e junho.
Segundo meteorologistas do Climatempo, há cinco tendências para este outono:
- Apesar da estação ainda viver resquícios do El Niño e, por isso, ser mais quente, ondas de calor não devem mais ocorrer. Embora temperaturas altas ainda afetem o Brasil entre abril e maio. O padrão esperado, no entanto, é a queda gradual;
- O nível dos rios na Amazônia pode chegar à normalidade, dando alívio à seca, mas por pouco tempo. Terá mais chuvas, mas também temperaturas mais altas para o período;
- As primeiras quedas significativas de temperatura tendem a acontecer em abril, principalmente no Sul e Sudeste. Frio intenso é provável somente depois de maio;
- O Nordeste deve ter chuvas intensas;
- No litoral também há riscos de temporais. As águas da costa de São Paulo e do Rio de Janeiro seguem aquecidas e massas de ar frio intensas chegam, causando o contraste térmico.
Com o fim do El Niño, as águas do Oceano Pacífico devem se resfriar gradualmente, entrando em uma fase neutra ainda em abril. Ou seja, sem a influência de nenhum fenômeno. A partir de junho, a expectativa é que se observe a chegada do La Niña, previsto para o inverno.