Candidata à presidência da Argentina, Patricia Bullrich, vai apoiar Javier Milei no segundo turno
Patricia Bullrich, foi a terceira colocada nas eleições realizadas neste domingo (22), seu apoio era considerado um dos pontos cruciais para o segundo turno por conta da migração de votos – ela angariou cerca de 24% dos votos.
Candidata da direita, Bullrich criticou Milei ao longo da campanha e chegou a chamar suas ideias de “perigosas e ruins”. Em entrevista nesta quarta, no entanto, ela afirmou que quer impedir o “perigo do kirchnerismo”. Em referência a Sergio Massa, aliado dos ex-presidentes Nestor e Cristina Kirchner.
Massa, ministro da Economia do país, surpreendeu e terminou em primeiro lugar, com mais de 36% dos votos. Enquanto que Milei, o segundo colocado, obteve cerca de 29%. Ou seja, o indício de um racha já previsto dentro de sua coligação Juntos por el Cambio.
Bullrich disse ainda que sua decisão de pedir votos para Milei é pessoal, e não de toda a coligação. Há a expectativa que uma parte da coligação contrária a Milei, possa apoiar Massa.
Logo após o anúncio de Bullrich, Javier Milei publicou em sua conta no Twitter um desenho de um leão – como ele gosta de se definir – abraçando um pato – em referência ao apelido em espanhol para Patricia.
Durante a campanha eleitoral na Argentina, Patricia Bullrich ficou conhecida como “candidata da lei e da ordem”, por defender ideias como aumentar penas para menores de idade que cometem crimes e alterar a idade em que as pessoas consideradas imputáveis.
Ex-ministra de Segurança do ex-presidente Mauricio Macri, ela iniciou a carreira política como militante de esquerda. Entretanto, foi se deslocando para a direita ao longo dos anos, até se tornar ministra de Macri.
Nas primárias realizadas no país em agosto, Bullrich terminou em 2º lugar, atrás de Milei. O primeiro colocado foi Sergio Massa, que ficou na frente no primeiro turno das eleições presidenciais, que aconteceu no dia 22 de outubro.