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No fim de ano, compensa zapear pela plataforma streaming com descoberta de preciosidades, algumas assinadas por mestres

Plataformas de streaming apostam em filmes de qualidade

No fim de ano, compensa zapear pelas plataformas streaming, com descoberta de preciosidades, algumas assinadas por mestres e outras consagradas pela telona

Para quem não dispensa o conforto do sofá nas últimas horas do fim de ano, há opções para todos os gostos na seleção do Correio para um bom aproveitamento dos serviços na plataformas streaming. Filmes premiados, franquias de sucesso, produções saídas de inspirações literárias e a mais absoluta e descompromissada diversão figuram na lista.

Liberto das redes sociais, e, como ele mesmo reflete, distanciado de gatilhos e do testemunho de preconceitos e do amontoado de histórias rasas. Assim, Iñárritu assume muito da carga autobiográfica do mais recente filme dele, Bardo, exibido em festivais como os de Veneza e de San Sebastián, além de ter sido selecionado para representar o México numa possível vaga a finalista como melhor filme internacional no terreno do Oscar.

Com roteiro coescrito por Nicolás Giacobone (o mesmo parceiro em filmes como Birdman e Biutiful), Bardo assimila um conceito budista, de uma existência em suspenso. Citado na trama, Octavio Paz, o poeta da memória, é um dos eixos para o entendimento do filme que apresenta a trajetória do jornalista e cineasta Silvério (Daniel Giménez Cacho), visivelmente associado a Iñárritu, uma figura renovadora do audiovisual, ao lado de compatriotas como Guillermo del Toro e Alfonso Cuarón.

Plataformas de streaming

Barbada na lista do Oscar, a animação que retrabalha a versão do conto de Carlo Collodi leva a marca do mexicano Guillermo del Toro. Assim, chega a assinar parte de Ciao Papa, uma das emotivas canções do filme da Netflix. Há quase três décadas, produzido por Tim Burton, o longa O estranho mundo de Jack redefiniu muito da técnica da animação em stop-motion, empregada por del Toro, no atual filme, igualmente soturno e divertido.

Apenas três anos passados, desde que o italiano Matteo Garone se rendeu a recolocar Pinóquio no mapa da sétima arte. Del Toro buscou inspiração nas aterrorizantes ilustrações de Gris Grimbly para o longa encantador. Assim, pré-selecionado para quatro categorias do Oscar 2023, entre as quais a de som trilha de Alexandre Desplat.

Na animação obediência, mentiras e mortes sucessivas, Guillermo, assim que como produtor de A origem dos guardiões (2012) desmistificou Papai Noel e o Coelho da Páscoa.

Assim, investe num cenário de rito de passagem de um boneco de madeira que abraça uma trajetória de desamor e redenção. Em meio ao cenário fascista instaurado por Mussolini.

Consagrado por O labirinto do fauno, em que explorou pesadelos do regime de Francisco Franco, del Toro, em Pinóquio, acopla números musicais, circenses e se vale da sombria colaboração do diretor de fotografia de Frank Passingham.

O filme em que o audaz Pinóquio chega a se comparar, com Cristo, despontam personagens inesquecíveis como o sofrido serviçal Spazzatura, quase escravo de Volpe. E a Fada da Floresta, além do consagrado grilo Sebastian. Conduzido pelo esteta de A forma da água e de O beco do pesadelo, o longa leva a assinatura de Mark Gustafson, codiretor. Aliás, já disponível na Netflix.