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Para burlar limites impostos pelo governo da Argentina , marcas recolhem itens das prateleiras ou relançam produtos

A 5 dias da eleição, preços na Argentina sofrem nova alta

Para burlar limites impostos pelo governo da Argentina, marcas recolhem itens das prateleiras ou relançam produtos

A menos de uma semana das eleições presidenciais na Argentina, uma nova onda de remarcação de preços se espalha pelos supermercados do país. Segundo o Clarín, por causa da alta do dólar, na semana passada, muitos estabelecimentos ficaram 72 horas sem preços e retiraram os produtos das prateleiras. Agora, os aumentos devem variar de 25% a 30% em produtos como queijos, presuntos, cervejas, refrigerantes, chocolates e alguns tipos de pães.

Diario Clarín é o jornal de maior circulação da Argentina. Editado em Buenos Aires, foi fundado em 1945 por Roberto Noble, que o dirigiu até 1969. Em 1965 tornou-se o jornal com maior tiragem na capital argentina. Faz parte do Grupo Clarín, o jornal esportivo Olé.

Os supermercados de grandes redes, porém, não podem ajustar seus preços em mais de 5% ao mês. Eles integram o programa “Preços Justos”, promovido pelo governo argentino para conter a inflação. Nesse caso, a solução encontrada para não ter prejuízo é recolher os itens.

O Clarín verificou a falta de produtos de marcas líderes de refrigerantes, cervejas, leites, iogurtes, águas aromatizadas, café e ervas para chá.

O governo e os supermercados reconhecem as dificuldades, mas negam que haja escassez. “Pode faltar algum item específico, mas há sempre marcas alternativas”, disse uma fonte oficial ao Clarín.

Outra medida que tem se tornado comum para burlar as regras do programa de preços do governo é o relançamento de produtos semelhantes aos antigos. Como relatado pelo jornal, as diferenças entre os produtos antigos e os novos são mínimas, como um retoque na embalagem, mudança no formato ou então a troca de algum ingrediente.

A inflação anual da Argentina avançou para 138,3% em setembro, conforme dados oficiais divulgados na 5ª feira (12). O aumento de 13,9 pontos percentuais em relação aos 124,4% registrados em agosto.