O governo do Qatar está negociando um acordo para uma possível troca de reféns assim como prisioneiros entre Israel e o Hamas
No sábado, o grupo palestino sequestrou mais de cem pessoas, ao realizar sua incursão no território de Israel. Parte do objetivo, no entanto, era o de ter um poder de barganha para conseguir libertar membros do Hamas, detidos em Israel.
De acordo com fontes diplomáticas, a troca envolveria a libertação de mulheres e crianças que estavam sequestradas pelo Hamas. Em troca, contudo, de 36 mulheres e menores que estão atualmente em prisões israelenses.
O Qatar que mantém relações tanto com o Hamas como com o governo de Israel, vem conduzindo as conversas desde domingo, em total sigilo. Nos últimos anos, portanto, Doha vem tentando se posicionar como um negociador, fazendo a pontes entre adversários políticos ou governos que, oficialmente, não mantêm relações diplomáticas.
Um dos êxitos do Qatar neste esforço foi promover a troca de prisioneiros entre americanos e iranianos, há poucos meses. Além disso, sediar encontros sigilosos entre grupos islâmicos rivais. Também foi no Qatar que americanos e o Taleban mantiveram os primeiros contatos, em agosto deste ano, depois que o grupo voltou a tomar o poder no Afeganistão.
Conversas diplomáticas
O governo norte-americano também tem sido consultado. Por isso, durante a reunião do domingo no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador dos EUA, Robert Wood, deixou claro que quer recuperar os israelenses levados pelo Hamas um dos “objetivos imediatos” das conversas diplomáticas.
Assim não há confirmações oficiais sobre quantos reféns foram feitos pelo Hamas no fim de semana. Mas um dos porta-vozes do grupo anunciou que quatro israelenses sob a custódia do grupo morreram por ataques de mísseis de Israel. Assim como os palestinos que se ocupavam deles. Não há uma confirmação independente sobre essa informação.