Estado tem 170 mil hectares plantados do grão de feijão
Altos custos, falta de energia e mosca branca. O cultivo de feijão em Mato Grosso não tem fácil para os agricultores. No entanto, muitos produtores têm conseguido driblar as dificuldades e investido no grão.
Apenas na safra 2023/2024, 170 mil hectares foram plantados, com colheita de aproximadamente 300 mil toneladas. O feijão tem sido utilizado como opção para a 3ª safra, que tem possível por causa da irrigação.
Quem também acredita no feijão é o engenheiro agrônomo e consultor agronômico Ademir Gardin, que planta o grão há 12 anos e é proprietário da AD Agronomia. Ele reclama de um problema que tem afetado a produção e, consequentemente, aumentando os custos: a dificuldade com a energia elétrica.
Quedas, oscilações e até falta de energia afetam diretamente na produção
Segundo o presidente da Aprofir-MT, o déficit energético no estado tem prejudicado o agronegócio, principalmente nas culturas que utilizam mais a irrigação, como o feijão. “Já há algum tempo temos buscado soluções junto à concessionária, mas a realidade vivida no campo é de não ter energia suficiente para abastecer as fazendas. São quedas, oscilações e até falta de energia que afetam diretamente na produção”, pondera Hugo Garcia.
Mesmo com essas dificuldades, que aumentam os custos do cultivo e reduzem a rentabilidade, para o engenheiro agrônomo e proprietário da Agrossistemas, Edson Pina, a tendência é que o mercado volte a se recuperar e os preços a subir.
“O feijão já teve momentos bons, mas a produção de uma forma mais ampla é recente, tem uns 20 anos. Hoje os preços não estão como gostaríamos, mas os produtores têm acreditado e investido nessa 3ª safra, especialmente com o aumento da área irrigada. Essas oscilações fazem parte, mas podem impactar a produção, principalmente para o abastecimento do mercado interno. Ainda é difícil prever a próxima safra, mas temos expectativas de que haja essa melhora no mercado em breve”, avalia o proprietário da Agrossistemas.