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É a primeira vez que a restauração dos níveis de klotho (uma proteína natural) demonstrou melhorar a cognição num primata

Proteína antienvelhecimento também aprimora a memória

Novos tratamentos para doenças neurodegenerativas

Injetar uma proteína antienvelhecimento em macacos idosos pode melhorar sua função cognitiva, é o que revela um estudo. As descobertas foram publicadas na Nature Aging e podem levar a novos tratamentos para doenças neurodegenerativas.

Para quem tem pressa:

  • Um estudo revelou que injetar uma proteína antienvelhecimento em macacos idosos pode melhorar sua função cognitiva;
  • É a primeira vez que a restauração dos níveis da proteína klotho melhorou a cognição num primata;
  • Para testar esse efeito, os pesquisadores usaram um experimento comportamental sobre memória espacial;
  • Pesquisas sobre benefícios cognitivos da proteína klotho podem ser um passo rumo a aplicações clínicas em humanos.

É a primeira vez, no entanto, que a restauração dos níveis de klotho demonstrou melhorar a cognição num primata. klotho é uma proteína natural que diminui em nossos corpos conforme envelhecemos.

Pesquisas anteriores em camundongos mostraram que injeções de klotho podem prolongar ainda mais a vida dos animais. Desse modo, aumenta a plasticidade sináptica, que é a capacidade de controlar a comunicação entre neurônios em junções chamadas sinapses.

Dados os estreitos paralelos genéticos e fisiológicos entre primatas e humanos, isso pode sugerir aplicações potenciais para o tratamento de distúrbios cognitivos humanos.

A proteína tem o nome da deusa grega Clotho, uma das Parcas, que tece o fio da vida.

Memória dos macacos

O estudo envolveu testar as habilidades cognitivas de velhos macacos com 22 anos, em média, antes e depois de uma única injeção da proteína klotho.

Para fazer isso, os pesquisadores usaram um experimento comportamental para testar a memória espacial. Os macacos tiveram que lembrar a localização de uma guloseima comestível, colocada lá por um pesquisador.

A coautora do estudo, Dena Dubal, médica pesquisadora da Universidade da Califórnia, em São Francisco, comparou o teste a lembrar onde você deixou o carro num estacionamento. Ou então, lembrar uma sequência de números alguns minutos depois de ouvi-la. Essas tarefas tornam-se mais difíceis com a idade. Os macacos, no entanto, tiveram um desempenho significativamente melhor nesses testes após receberem klotho.