Mesmo com a provável redução da Selic, há opções interessantes para o seu bolso
O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou, na ata de sua última reunião, que pode começar um movimento de corte da taxa básica de juros da economia. Ou seja, no próximo encontro que acontece em agosto. Na prática, a Selic, que hoje está em 13,75%, deve cair. O mercado aposta em um primeiro corte de 0,25 ponto porcentual.
“É importante ressaltar que o último boletim Focus trouxe uma Selic a 12% para o final de 2023. Ou seja, mesmo acontecendo esses cortes, a taxa de juros deve permanecer em níveis altos para a economia brasileira”, explica Ariane Benedito, economista especialista em mercado de capitais.
Ainda dá para ganhar dinheiro com a renda fixa?
Segundo Ariane, ativos atrelados à taxa básica de juros continuam atrativos, já que a Selic deve permanecer com dois dígitos por um bom tempo. “Investidores mais conservadores podem encontrar boas opções em títulos prefixados. Pensando que a Selic deve começar a cair, é interessante ter esses ativos na carteira, garantindo uma boa taxa para os próximos anos”, ressalta.
Mas se engana quem pensa que os títulos pós-fixados ficam de fora. Na visão de Ariane, diversificar e colocar uma parte menor dos investimentos nestes ativos pode ser interessante. “Eles são importantes para fazer um balanceamento da carteira e proteger o investidor de oscilações no futuro. Mas o interessante mesmo neste momento são os prefixados”, explica a economista.
Para quem topa arriscar um pouco mais
Segundo Ariane, há boas oportunidades na renda fixa, mas também para quem tem mais apetite ao risco. “Empresas que precisam financiar mais suas operações, como varejo, locação de veículos, elétricas e mineração, costumam ter uma média de 75% de suas dívidas atreladas a Selic. Em um cenário de juros mais baixo esses setores acabam se beneficiando”, explica.
Ou seja, as perspectivas para empresas dessas áreas são positivas. “Este período que antecede o corte de juros ainda mantém o preço das ações interessantes para compra. Porém, essa estratégia de alocação deve ser usada por um perfil de investidor mais disposto ao risco”, alerta Ariane.