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Luis Caputo é um financista com passagens pelo setor privado, foi secretário de Finanças e chefe do Banco Central no governo Maurício Macri

Quem é Luis Caputo, o ministro da Economia anunciado por Milei

Luis Caputo é um financista com passagens pelo setor privado, já atuou como secretário de Finanças e chefe do Banco Central no governo do neoliberal Mauricio Macri

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, definiu quem será o responsável por comandar a economia do país a partir de 10 de dezembro: Luis Caputo, ex-secretário de Finanças e ex-presidente do Banco Central durante o governo do neoliberal Maurício Macri, será o novo ministro da Economia.

A informação foi confirmada por Milei na manhã desta quarta-feira 29, ao regressar de uma viagem aos Estados Unidos.

Luis “Toto” Caputo, como é conhecido, terá a missão de definir e executar os planos para estabilizar uma economia em crise, com inflação mensal de mais de dois dígitos. Assim como a desvalorização cambial, falta de reserva em dólares, endividamento interno e externo e crescimento da pobreza.

Desde o fim da eleição, em 19 de novembro, Caputo, um especialista em finanças têm passagens por bancos privados nos Estados Unidos. Portanto, vinha se reunindo com representantes dos setores financeiro e produtivo da Argentina.

Ele também fez parte da comitiva de Milei na viagem aos Estados Unidos, onde se reuniu com representantes do Fundo Monetário Internacional.

Ligação com Macri, passagem pelos EUA e proximidade com finanças

Economista formado pela Universidade de Buenos Aires, Luis Caputo, 58 anos, fez carreira no setor privado em trabalhos diretamente ligados a duas instituições financeiras: o JP Morgan e o Deutsche Bank. Na primeira, foi chefe de trading [operações especulativas no mercado financeiro] para a América Latina. Na segunda, também foi responsável pela atuação do banco na região.

A passagem de Caputo por funções públicas começou ainda no início do governo Macri, em dezembro de 2015. Àquela altura, nomeado secretário de Finanças, dentro de um contexto marcado pela divisão da equipe econômica em dois grupos: Fazenda e Finanças.

Em seguida, a Secretaria de Finanças se converteu em ministério. Apesar de uma inflação mais baixa que a atual, a Argentina já voltava a enfrentar problemas de déficit fiscal. À frente das Finanças, Caputo atuou para obter financiamentos em órgãos internacionais, a exemplo do próprio FMI.