Croácia e Marrocos fazem, neste sábado (17), a partir das 12h, a disputa pelo terceiro lugar da Copa do Mundo do Catar
As seleções Croácia e Marrocos não eram cotadas entre as principais do torneio, e foram verdadeiras zebras. Para atingirem o posto das quatro melhores da competição, as equipes contaram com verdadeiros pilares.
Tanto Croácia quanto Marrocos destacam-se pelo competitivo jogo coletivo. Torna-se uma missão difícil destacar individualmente valores das duas equipes, mas é possível pinçar quem, durante o Mundial, desequilibrou positivamente.
Espinha dorsal da Croácia
Se em 2018, na campanha do vice-campeonato, Modric contava com as decisivas companhias de Mario Mandzukic e Ivan Rakitic, em 2022, os rostos mudaram. Os coadjuvantes de luxo da vez foram o goleiro Livakovic e o zagueiro Gvardiol.
Aos 37 anos, Luka Modric parece ser como um vinho, melhorando a cada dia que se passa. No Mundial do Catar, o camisa 10 teve função menos ofensiva como em outros momentos, mas foi fundamental para o maior ponto forte do time croata: o controle do jogo. O experiente se multiplicou em campo durante os jogos, fazendo a manutenção da posse de bola e que o fluxo tático da equipe pudesse acontecer.
Na defesa, Dominik Livakovic e Josko Gvardiol foram os guardiões croatas. A dupla tem enorme responsabilidade na chegada da Croácia à semifinal, já que salvaram, em diversas vezes, a equipe nos jogos contra Japão e Brasil.
O bom desempenho dos atletas no Mundial deve promover trocas de clubes no próximo mercado de transferências. Segundo a imprensa europeia, o Bayern de Munique-ALE tem interesse no goleiro do Dinamo de Zagreb-CRO, enquanto o zagueiro do RB Leipzig-ALE está entre Chelsea e Real Madrid.
Marrocos: um time de pulmão, coração e paredão
Não foi à toa que Marrocos chegou à semifinal da Copa do Mundo, eliminando Portugal e Espanha, caindo apenas para a favorita França. A seleção africana conta com um belíssimo trabalho do técnico Walid Regragui, que conseguiu montar um time extremamente competitivo e forte defensivamente, tendo sofrido apenas três gols até o momento.
No núcleo de jogadores, é impossível não exaltar nomes como Hakim Ziyech e En-Nesyri, que foram decisivos nos trunfos do time. Porém, três jogadores formaram uma verdadeira fortaleza para a equipe árabe: Yassine Bounou, Achraf Hakimi e Sofyan Amrabat.
Marrocos só irá enfrentar a Croácia na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo porque Bono existe. O goleiro do Sevilla-ESP fez inúmeros milagres no mata-mata contra Portugal e Espanha. Portanto, de brinde, ainda defendeu dois pênaltis contra os espanhóis, classificando o país às quartas de final.
Na lateral, com um fôlego interminável e uma velocidade incrível, Acharaf Hakimi faz o trabalho de conduzir o time marroquino para o ataque, em contra-ataques furiosos. Mas a Copa do Mundo feita pelo ala do PSG-FRA o credenciará, definitivamente, no posto de melhores laterais do mundo.
Para fechar, o coração: o meio-campista Sofyan Amrabat abre o espaço mais nobre do futebol para o Marrocos. O volante consegue unir ímpeto defensivo, intensidade e qualidade na saída para o jogo. Amrabat impressionou até mesmo Emmanuel Macron, presidente da França. Mas o chefe do executivo francês, após o jogo contra os marroquinos, afirmou que o camisa 4 é o melhor meio-campista da Copa do Mundo.