Reconstituição feita com base em seu crânio a partir de modelo 3D da tomografia computadorizada
O canadense, escultor e artista forense Christian Corbet, reconstruiu o rosto de Tutancâmon, que governou o Antigo Egito de 1332 a 1323 a.C. Com o auxílio de outros especialistas, ele usou como base um modelo 3D feito com imagens escaneadas do crânio que teria pertencido ao faraó.
Entretanto, em uma publicação de 3 de dezembro no Facebook, Corbet disse que é a segunda reconstituição que faz de Tutancâmon. Desta vez uma reconstrução científica em que o artista não trabalhou sozinho, assim, compartilhou uma foto do primo dele, Christopher Mahy, seu mentor.
“Aqui, ele (Christopher) está no final do verão passado ajudando na escultura do novo khapresh ou coroa do rei. ‘Topher’ começou a esculpir como um peixe na água. Logo seus esforços serão compartilhados com o mundo nesta segunda reconstrução facial forense do rei Tutancâmon, que revelaremos em breve”, escreveu o artista (veja abaixo).
Ele fotografou todas as etapas para provar seus esforços
Segundo Corbet, adicionaram uma coroa de guerra à reconstrução tendo como referência esculturas de época do faraó, durante a 18 º dinastia egípcia usando o objeto.
A escultura forense se baseou na ciência do crânio, bem como nos marcadores de tecido e as medidas de cada um deles partiram de um indivíduo egípcio mediano. Em comparação, reconstruções anteriores de múmias usaram marcadores baseados em indivíduos caucasianos.
Já o novo trabalho não teve “licença criativa”, segundo o canadense. Ele fotografou todas as etapas para provar ter feito cada um de seus esforços. O resultado foi uma figura de olhos fechados, sem orelhas e sem expressão.
Então, o artista resolveu ser mais inventivo para abrir os olhos, direcionar os ângulos do olhar e adicionar um pouco de elevação aos lábios de Tutancâmon. “Mas, novamente, não houve fabricação de recursos. Até mesmo as orelhas foram cuidadosamente pensadas por todos nós”, garante o especialista. Assim, realizou a obra para um documentário da rede de televisão norte-americana PBS.
A equipe usou tomografia computadorizada para criar o modelo 3D
Um desafio importante na recriação foi um software que precisou ter orientação dos pesquisadores para distinguir entre o crânio e um linho embebido em resina. Pois o mesmo era usado pelos antigos egípcios para preservar a forma da face do faraó após a mumificação.