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Neste cenário, a validação de novos tratamentos para câncer de pulmão, como o remédio osimertinibe, reduz o risco de morte em 51%

Remédio para câncer de pulmão reduz 51% dos riscos de morte

O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte no mundo, sendo responsável por quase 1,8 milhão de óbitos anuais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

Neste cenário, a validação de novos tratamentos para câncer de pulmão, como o remédio osimertinibe, que reduz o risco de morte em 51% após a cirurgia de remoção do tumor, é fundamental para melhorar o prognóstico do quadro.

Desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca, o osimertinibe embalado no formato de uma pílula, deve ser ingerida diariamente. De uso bastante simples, o composto é uma boa estratégia para completar o tratamento do câncer de pulmão.

É o que indicam os resultados da Fase 3 do estudo clínico Adaura, ainda não publicado em uma revista científica. Os dados sobre o tratamento do câncer de pulmão foram anunciados no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), que aconteceu nos Estados Unidos no mês passado. No mesmo evento, já apresentaram outro medicamento bastante promissor contra o câncer de mama.

Remédio que reduz em 51% o risco de morte por câncer de pulmão

O estudo sobre o uso do remédio contra o câncer de pulmão em estágio avançado foi liderado pela Universidade Yale, nos EUA. Para a pesquisa, recrutaram cerca de 680 pacientes de 30 e 86 anos em 26 países. Em comum, todos tinham uma mutação específica do gene EGFR, que encontrado em cerca de um quarto dos casos globais de câncer de pulmão. Contudo ela tende a ser mais comum em mulheres do que em homens e em pessoas que nunca fumaram.

De acordo com os autores, o uso do medicamento diminuiu significativamente o risco de morte em pacientes com câncer de pulmão.

Passados cinco anos do tratamento, 88% dos pacientes que tomaram a pílula diária após a remoção do tumor sobreviveram. Em comparação, a porcentagem cai para 78% entre os pacientes tratados com um placebo (grupo controle). Em outras palavras, o risco de morte é 51% menor com a medicação.

Aprovação do osimertinibe no Brasil

Comercialmente conhecido como Tagrisso, o medicamento já está disponível em diferentes mercados, como EUA, Reino Unido e Brasil. Por aqui, em junho do ano passado, autorizaram da medicação para quadros bastante específicos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Dessa forma, podem tomar o medicamento pacientes de não pequenas células (Cpnpc), localmente avançado ou metastático, com teste genético positivo para a mutação genética.