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Para a limpeza de resíduos no fundo do mar, soluções diferentes precisam ser criadas como o Robô que imita água viva

Robô que imita água viva pode ajudar e limpar o fundo do mar

Robô que limpa o fundo do mar ajudará no impacto negativo onde planeta ameaça ecossistemas inteiros e a vida de muitas espécies, inclusive a humana

Para a limpeza de resíduos no fundo do mar, soluções diferentes precisam ser criadas como Robô que ajuda limpar o fundo do mar. Um exemplo claro dessa “pegada humana” é a poluição plástica nos oceanos. Recentemente, um estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) mostra que pelo menos 14 milhões de toneladas de plástico acabam no oceano todos os anos. Uma grande parte deste material termina no fundo do mar, o que torna a sua coleta uma missão mais complicada.

A boa notícia é que a mesma humanidade que polui também cria soluções que podem ajudar a reverter esta realidade. Alguns robôs já criados para coletar plástico na superfície marinha – normalmente são equipamentos relativamente grandes e robustos que desempenham esta função, alguns com bastante sucesso.

Para a limpeza de resíduos no fundo do mar, soluções diferentes precisam ser criadas. Se trata de um ambiente diverso e muitas vezes delicado, onde máquinas grandes e barulhentas poderiam gerar um novo impacto negativo. Pensando nisso, pesquisadores do Instituto Max Planck para Sistemas Inteligentes (MPI-IS) em Stuttgart, na Alemanha, buscaram inspiração na natureza e desenvolveram um robô em forma de água viva, o Jellyfish-Bot.

De acordo com o projeto publicado no periódico científico revisado por pares, Science Advances, o mini robô tem o tamanho de uma mão humana e músculos artificiais, chamados HASELs, que se contraem e expandem como os movimentos de uma água viva real.

Esses movimentos permitem que o equipamento se locomova a uma velocidade de aproximadamente 6 cm por segundo e, mais importante, criam correntes abaixo do robô. Para as águas vivas, estas correntes servem para capturar nutrientes e, para os robôs, a movimentação de água é usada para capturar poluentes.

Robô

A água viva artificial silenciosa se move como uma água viva real. Dessa forma, diminui em grande parte qualquer impacto ambiental que a sua presença poderia causar no fundo do mar.

Segundo o pesquisador, como os robôs são capazes de mover e capturar poluentes sem contato físico, a limpeza do oceano acontece sem impactar negativamente o meio ambiente ao redor.

A primeira versão do robô se reveste por um polímero. Mas os cientistas estudam usar um material biodegradável no futuro para evitar que um eventual dano ao equipamento libere pedaços deste polímero no mar. Ou seja, o objetivo é justamente retirar resíduos do ambiente marinho.

Por enquanto, os robôs se alimentam por fios finos, o que impede seu uso em ambientes oceânicos ou de grande profundidade. Uma versão sem fio também já está em fase de testes com uma unidade de flutuação, uma bateria e um microcontrolador.