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Em movimento inesperado, força ucraniana realiza invasão e atravessa a fronteira para ocupar parcialmente cidade da Rússia - Foto: commons.wikimedia

Rússia convoca reservistas e restringe espaço aéreo após invasão ucraniana

Na quarta-feira (7), em um movimento inesperado, forças ucranianas atravessaram a fronteira russa e ocuparam parcialmente a região de Kursk, na Rússia 

A Rússia entrou em estado de alerta depois da força ucraniana realizar invasão e ocupar parcialmente uma cidade no sul da Rússia. A incursão ucraniana, inesperada, fez com que o presidente russo, Vladimir Putin, readaptasse planos de guerra de forma emergencial. 

Nesta quinta-feira (8), Moscou declarou estado de emergência em Kursk, a região atacada, Dessa maneira, convocou mais reservistas para a região de fronteira com a Ucrânia. O governo local também fez restrições no espaço aéreo. 

Na quarta, em um ataque inesperado, militares da Ucrânia conseguiram cruzar a fronteira e travaram fortes embates na região de Kursk. Houve relatos de que os soldados de Kiev conseguiram ocupar uma cidade, mas o Ministério da Defesa russo afirmou ter conseguido recuperar o território. 

Em um dos maiores ataques ucranianos contra a Rússia durante a guerra entre os dois países, cerca de 1.000 soldados ucranianos atravessaram a fronteira russa na madrugada de 6 de agosto. Eles usaram tanques e veículos blindados, cobertos no ar por drones e artilharia, de acordo com autoridades russas. 

As forças ucranianas atravessaram os campos e as florestas da fronteira em direção ao norte da cidade fronteiriça de Sudzha. O último ponto operacional do transbordo do gás natural russo para a Europa via Ucrânia. 

Putin chamou ataque de ‘grande provocação’ 

Putin classificou o ataque como uma “grande provocação”. Sendo assim, a Casa Branca disse que os Estados Unidos não tinham conhecimento prévio do ataque e que buscariam obter mais detalhes de Kiev. 

De acordo com o chefe do Estado Maior, Valery Gerasimov, a ofensiva ucraniana havia sido interrompida na área da fronteira. 

O Ministério da Defesa da Rússia, disse que o Exército e o Serviço Federal de Segurança (FSB), barraram o avanço ucraniano na região de Kursk. 

“Unidades do grupo de forças do Norte, juntamente com o FSB da Rússia, continuam a destruir formações armadas das Forças Armadas da Ucrânia nos distritos de Sudzhensky e Korenevsky da região de Kursk, diretamente adjacentes à fronteira russo-ucraniana”, informou o ministério. 

Segundo a pasta, a Ucrânia perdeu 82 veículos blindados 

Já o Exército ucraniano não se manifestou sobre a ofensiva de Kursk, seguindo a postura que Kiev normalmente adota em ataques à Rússia cuja autoria é atribuída à Ucrânia. 

Alguns blogueiros russos, todos pró-Putin, criticaram o estado das defesas de fronteira na região de Kursk, dizendo que foi muito fácil para as forças ucranianas atravessá-las. 

As batalhas em torno de Sudzha ocorrem em um momento crucial do conflito, a maior guerra terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, Kiev teme que o apoio dos EUA possa cair se o republicano Donald Trump vencer a eleição presidencial de novembro.