UNECS afirma que, mesmo com a revisão parcial das medidas após pressão do mercado, os aumentos que entraram em vigor agravam o ambiente de negócios no país
A União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) repudiou a alta do IOF anunciado pelo governo. A entidade aponta que a medida penaliza empresas e consumidores, especialmente as micro e pequenas que dependem do crédito de curto prazo.
“Medidas arrecadatórias que desestimulam o empreendedorismo, restringem o crédito e penalizam a atividade produtiva não podem ser justificadas como instrumentos de política econômica”. Assim, disse em nota divulgada nesta sexta-feira (23).
A UNECS afirma que, mesmo com a revisão parcial das medidas após pressão do mercado, os aumentos que entraram em vigor agravam o ambiente de negócios no país.
Após pressão de agentes de mercado, a Fazenda recuou sobre a tributação de fundos com aplicação no exterior e investimentos de pessoas físicas para fora do país. Dessa forma, mantém as alíquotas como praticadas atualmente.
Revisão das mudanças e uma sensibilidade social
Conforme a entidade, o setor já enfrenta desafios estruturais como carga tributária elevada. Bem como a burocracia excessiva, insegurança jurídica e custos financeiros acima da média internacional
A entidade. Portanto cobra do Congresso Nacional a revisão das mudanças e afirma que espera sensibilidade social por parte das autoridades econômicas.
“O setor de comércio e serviços, responsável por mais de 70% do PIB nacional, não pode sofrer penalização com medidas que comprometem a recuperação econômica”, conclui.
O decreto do governo elevou as alíquotas do IOF sobre operações de crédito para empresas. Assim, unificou a taxa de 3,5% sobre remessas, compras internacionais e passou a tributar aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de previdência.