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O nome cômico da síndrome de pica vem de uma ave chamada pega ou pega-rabuda, do gênero Pica, sem muito critério na hora de se alimentar

Síndrome faz a pessoa comer coisas não comestíveis


O nome vem de uma ave chamada pega-rabuda do gênero pica

A Síndrome de Pica ou Picacismo trata-se de um transtorno alimentar chamado alotriofagia. Definida pela compulsão incontrolável de comer coisas não comestíveis e geralmente, bem incomuns. Nela, os afetados podem acabar ingerindo sabão, giz e cinzas de cigarro. Bem como, fezes, barro, esponjas, tijolos, pregos, cola, carvão, algodão, pedras ou qualquer coisa.

O nome cômico da síndrome vem de uma ave chamada pega ou pega-rabuda, do gênero Pica, que justamente não tem muito critério na hora de se alimentar. Basicamente, ela come tudo que encontra pelo caminho. Nos humanos, o problema traz a vontade de ingerir uma ou mais coisas não comestíveis. Mesmo que o indivíduo saiba que não deve se alimentar do que quer que esteja desejando.

Sintomas e causas da Síndrome de Pica

Vale ressaltar que uma vontade passageira ou ingestão de algo incomum uma ou duas vezes não é considerado alotriofagia. Segundo especialistas, esse diagnóstico só é dado para quem sofre de um desejo compulsivo que dure mais de 30 dias. A síndrome também não é tão ao pé da letra na comparação com o pega-rabuda. Já que o paciente costuma sentir vontade de comer um objeto específico, não desejando literalmente tudo o que vê pela frente.

Associada à falta de ferro e zinco no organismo, a doença apareceu na literatura pela primeira vez no caso de uma gestante que ingeria terra. As grávidas representam uma parcela grande das ocorrências da alotriofagia. Já que tem o desejo de comer coisas incomuns, a deficiência nutricional pode ser um sintoma secundário, neste caso.

O picacismo pode causar uma série de problemas, como se pode imaginar. Quando não tratado, ele pode levar à obstrução intestinal, perda de peso e intoxicação. A depender do tipo de material, o paciente não costuma apresentar dificuldade para se alimentar de maneira normal, com alimentos comestíveis.

Tratamento e apoio

A patologia também pode aparecer em pessoas com anemia ou deficiência de ferro e pacientes psiquiátricos. Especialmente os que apresentam esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, deficiência intelectual ou mesmo depressão. Para o tratamento, indica-se visitar diversos profissionais de saúde. Aliando os trabalhos de psicólogos, nutricionistas e psiquiatras (quando necessário) com o de clínicos gerais.

É importante acompanhar o paciente, providenciando suplementação e apoio psicológico para entender a condição enquanto se busca a origem mais orgânica da doença. Para quem convive com alguém que apresenta a condição, convém manter o indivíduo longe de produtos tóxicos. Assim, evita-se possíveis intoxicações e sequelas graves, que podem surgir a depender do produto ingerido.