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Edson Fachin, relator do caso no STF, falou de violência política para justificar restrição na compra de armas

STF mantém restrição de compra de armas e munições

Por 9 a 2 em votação, STF segue com a restrição a decreto de Bolsonaro sobre compra de armas

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a restrição de uma série de decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) facilitando o acesso e a compra de armas de fogo e munições no país.

Nove ministros votaram no sentido de manter a decisão do ministro Edson Fachin, relator do caso, que suspendeu os decretos diante da proximidade com as eleições no país e do “risco de violência política”. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça divergiram do relator, levando o placar 9 a 2.

Os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Dias Toffoli e Cármen Lúcia, acompanharam o relator no caso e votaram para manter os decretos de Bolsonaro suspensos. Luiz Fux acompanhou com ressalvas.

O julgamento se dá pelo plenário virtual do STF, onde não há uma sessão para a leitura individual de cada voto. Os ministros apenas registram seus votos no sistema do Supremo.

Decisão de Fachin

No dia 5 de setembro, o ministro Edson Fachin decidiu restringir a aquisição de armas e munições para o cidadão comum. Alegando então que o aumento da violência política justificaria a urgência desta decisão.

A decisão de Fachin se deu em ações que estão paralisadas há mais de um ano no STF. Tudo por causa de um pedido de vista do ministro Nunes Marques.

“Passado mais de um ano e à luz dos recentes e lamentáveis episódios de violência política, cumpre conceder a cautelar a fim de resguardar o próprio objeto de deliberação desta Corte”, alegou o ministro.

As decisões suspendem normas que aumentaram o número de munições que podem ser compradas mensalmente pelos chamados CACs (caçador, atirador e colecionador). Além de um trecho de um decreto que possibilita a essas pessoas a compra e o porte de armas de uso restrito, por exemplo.