O casos de racismo na fábrica da Tesla teriam acontecido com alguma frequência, apontam os ex-funcionários
Um grupo de 15 ex-funcionários da Tesla está processando a empresa por não impedir o racismo em sua fábrica de Fremont, na Califórnia, nos Estados Unidos. Os trabalhadores apontam que estavam sujeitos a assédio racial, insultos racistas e comentários depreciativos no local de trabalho.
Na denúncia, os funcionários relatam que alguns colegas de equipe frequentemente usavam termos racistas e discriminatórios. Além disso, os denunciantes ainda apontam que a Tesla não removia grafites racistas presentes nas paredes dos banheiros, bancos e armários da empresa.
O processo aponta que a administração da montadora de carros elétricos de Elon Musk participou dos assédios e inclusive “ignorou reclamações e denúncias repetidas”. Alguns ex-funcionários chegam a afirmar contudo que sofreram uma retaliação por denunciarem os casos de racismo.
De acordo com Nathaniel Aziel Gonsalves, que trabalhou na Tesla por 9 anos, ele recebeu uma demissão repentinamente após denunciar continuamente a discriminação racial presente na empresa. Outros colaboradores apontam que tiveram promoções negadas com base na raça.
Essas não são as primeiras denúncias de racismo na Tesla. A empresa está sendo investigada pelo Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia. A organização considera a fábrica de Fremont um “ambiente racialmente segregado, onde trabalhadores negros são submetidos a insultos raciais e são discriminados”.
Tesla sofre investigações
A montadora também está no alvo de uma investigação da Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos Estados Unidos. Além disso, uma agência de trânsito rodoviário da Alemanha disse que está solicitando recall dos modelos Y e 3 da Tesla por conta de uma falha no sistema automático de chamada de emergência que afeta 59 mil veículos em todo o mundo.
No entanto, até o momento, a Tesla não comentou publicamente nenhum desses casos.