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A negociação para vender o TikTok nos Estados Unidos suspenso após a China indicar que não aprovaria a operação.

TikTok: China barrou negociação e venda pode não acontecer

Fontes familiarizadas com o assunto consultadas pela agência Reuters afirmaram que o acordo da China estava quase pronto

A negociação para vender o TikTok nos Estados Unidos foi suspensa após a China indicar que não aprovaria a negociação.

As conversas para a venda da rede social nos EUA acontecem após a proibição do TikTok no país, conforme lei aprovada em janeiro. Na sexta-feira passada (04), às vésperas do prazo para conclusão da operação acabar, o presidente Donald Trump tinha indicado que o estenderia por mais 75 dias.

China teria negado venda do TikTok nos EUA

De acordo com a agência de notícias AP, o acordo para venda do TikTok nos Estados Unidos foi suspenso após a China sinalizar que negaria a operação. Isso porque a ByteDance é chinesa (o que causou toda a proibição da rede social no país em primeiro lugar) e precisa de aprovação do governo chinês para realizar a operação.

As conversas para a venda já aconteciam há algum tempo, mas se intensificaram na última semana, pois o prazo acabaria no sábado (05). Na sexta-feira, Trump prorrogou o prazo em 75 dias. Nas redes sociais, ele justificou que o acordo ainda precisava de ajustes.

Se a ByteDance não concluísse a transferência dos ativos para alguma empresa nos Estados Unidos, o TikTok seria banido novamente do país.

Retaliação aos EUA?

Fontes da Reuters revelaram que o acordo para a separação do TikTok e ByteDance nos Estados Unidos estava quase pronto. A negociação resultaria no controle da rede social por investidores estadunidenses, com a ByteDance ficando com uma participação minoritária (inferior a 20%).

Investidores atuais, novos investidores, o governo dos Estados Unidos e a própria empresa controladora teriam concordado.

A China também teria que aprovar, mas sinalizou que barraria a venda. A negação seria uma resposta às tarifas que Donald Trump impôs em produtos importados (e abalou toda a economia internacional). O próprio Trump escreveu nas redes sociais que a China não estava satisfeita com “nossas tarifas recíprocas”.

No sábado, a ByteDance havia indicado em publicação na rede social WeChat que havia divergência sobre os termos da venda.

Já a Embaixada da Chinesa em Washington, respondeu que o país já expressou sua opinião sobre a venda do TikTok e que sempre respeitou os diretos das empresas. “Nos opomos a práticas que violem os princípios básicos da economia de mercado”, escreveu.

A China não se pronunciou oficialmente. Em nenhum momento o governo chinês sinalizou que aprovaria a venda.

Relembre o caso da proibição e negociações para venda do TikTok nos Estados Unidos

  • Os Estados Unidos aprovaram uma lei que proíbe o TikTok no país. O motivo seria preocupação com a segurança nacional, devido a uma suposta operação de espionagem e acesso a dados de usuários estadunidenses pela ByteDance, empresa chinesa que controla a rede social;
  • A plataforma saiu do ar no dia 19 de janeiro, mas o presidente eleito Donald Trump tomou posse no dia seguinte e logo reinstaurou o TikTok no país;
  • Ele se mostrou contrário à proibição e deu mais tempo para que a ByteDance vendesse sua operação nos EUA, a única forma possível de continuar operando por lá;
  • Durante esse tempo, surgiram boatos de companhias norte-americanas interessadas na compra. Recentemente, Amazon, Oracle e Zoop fizeram ofertas.

No entanto, na semana passada, Trump impôs novas tarifas a produtos importados, aumentando ainda mais a taxação em produtos chineses. A medida gerou tensão internacional e abalou acordos comerciais dos EUA com diversos países.

A expectativa de Trump era que a venda do TikTok aliviasse a tensão com a China, mas não foi o que aconteceu.