Enquanto há países em que a influência do TikTok é poderosa, em outras ele é proibido
No mundo do TikTok, em países que não está proibido, as mulheres dominam. Geralmente são, ou foram muito recentemente, adolescentes que estudaram dança e cativam seguidores pelas proezas físicas e o jeito descontraído. Tem um clima menos exibicionista do que o Instagram e comparativamente mais próximo dos seguidores.
Addison Rae, uma americana da Lousianna que é boa de dança, mas não exatamente um prodígio, tem 83,5 milhões de seguidores. O terceiro lugar mundial. Aos 21 anos, acumulou cinco milhões de dólares.
Em segundo lugar fica Khaby Lame, um jovem senegalês que perdeu o emprego numa fábrica no interior da Itália. Então, ele resolveu apostar no TikTok.
O que ele faz é difícil de descrever: reage com expressões exageradas, geralmente demonstrando enfado, a vídeos esquisitos. Não diz uma palavra. Tem 100 milhões de seguidores e um pé de meia avaliado em dois milhões de dólares.
Entretanto, acima de todos, imbatível, continua Charli D’Amelio, um fenômeno com 133 milhões de seguidores. Além disso, 17,5 milhões de dólares no banco e sua própria série no Hulu.
Ela e a irmã Dixie praticamente viraram sinônimo do TikTok e já desembarcaram da Hype House. Uma casa de verdade onde a agência que empresaria as jovens revelações reuniu um bando de influenciadores para estimular a criatividade. E ao mesmo tempo, claro, a competição.
Países em que o TikTok é proibido
Mas com tantos jovens se destacando na plataforma, alguns países ainda olham para o TikTok com desconfiança. E, por isso, plantam restrições. Na China, o aplicativo simplesmente não existe. Na Índia, que tem um grave contencioso fronteiriço com a China e um governo supernacionalista, o TikTok acabou simplesmente proibido em 2020.
A proibição teve formalização no ano passado. A alegação é de que o TikTok é “prejudicial para a soberania e a integridade da Índia, a defesa da Índia, a segurança do estado e a ordem pública”. Também já houve proibições, temporárias no Paquistão, em Bangladesh e Indonesia, geralmente por conteúdos impróprios para padrões muçulmanos.