São inúmeros tipos, com diferentes texturas e sabores de queijo, e acompanhados de um bom vinho ficam melhores ainda
A fim de exaltar essa iguaria o empresário e enófilo, Carlos Eduardo Mamprim Balbino, deu dicas de qual vinho harmonizam com cada tipo de queijo. Harrmonização é uma tarefa complexa que envolve não somente as nuances e características tanto do vinho quanto do queijo, como também gosto pessoal. Carlos ressalta que como o próprio conceito da palavra já traz, a ideia é buscar sempre o equilíbrio para um sabor final mais prazeroso.
“Harmonização pode ser feita por semelhança ou por contraste, vinhos leves com queijos leves e vinhos potentes com queijos potentes, mas isso não é uma regra engessada, pois um queijo gorduroso ou ‘fedido’ já nos obriga a utilizar um vinho que o faça contraste”, afirma.
Ele destaca ainda que os vinhos indicados por uvas ou denominações de origem controlada, que são aqueles que não tem as uvas identificadas.
Mussarela
Originário do sul da Itália, o queijo muçarela possui uma textura elástica que “puxa”, ou seja, forma fios quando aquecidos.
“Por se tratar de um queijo mais leve, com sabor mais suave e utilizado na maioria das vezes sempre acompanhado com outros ingredientes, o sugerido seria um vinho mais leve e suave, como o Pinot Noir ou Beaujolais“, sugere.
Parmesão
O parmesão possui uma textura mais granulosa e seca. Neste caso, Carlos sugere um vinho Cabernet Sauvignon ou Malbec.
“Já estamos falando de um queijo mais potente, salgado e encorpado, sendo necessário algo que siga a mesma linha de potência”, explica.
Gorgonzola
Tipificado como queijo azul, adicionado à massa, os fungos da espécie Penicillium roqueforti, criam aqueles veios escuros. O gorgonzola possue textura cremosa e o sabor bem característico.
Considerado um queijo “fedido”, a doçura do vinho se faz necessária, segundo o enófilo para ajudar a equilibrar o queijo e o tornar mais cremoso. Além disso, o “fedor” e sabor salgado da iguaria ajuda a equilibrar o sabor doce acentuado do vinho.
“Vinhos de Sobremesa, Vinho do Porto, Late Harvest (Colheita Tardia). Muito importante ressaltar que vinhos elaborados com processo de fermentação diferente dos convencionais, e sua doçura é de açúcar residual da própria uva, totalmente diferente de “vinhos suaves” onde é acrescentado açúcar ao vinho”, disse.
Brie
Também da categoria dos queijos macios, há os queijos com mofo branco. Por mais estranho que possa parecer, nesses queijos são pulverizados com um líquido contendo o fungo Penicillium candidum na câmara de maturação. Esse processo que dá origem à casca branca, que pode ser ingerida.
Nesse caso, a sugestão são espumantes secos tipo Champagne e Cava, e também vinhos Roses.
“Por se tratar de um queijo macio e cremoso, sua densidade toma conta da nossa língua e nossas papilas gustativas, sendo necessário um vinho mais ácido de maior carbonatação, para que ajude na limpeza das papilas, permitindo que voltemos a sentir por inteiro novos sabores rapidamente”, afirma.
Emmental
O Emmental se parece com aqueles de desenho animado que possuem os famosos buracos chamados de olhaduras. “É mais gorduroso e com mais maturação e, por isso, requer vinhos mais potentes que não sobressaiam em sabor e consigam balancear os taninos. Como o Syrah e Tempranillo“, explica Carlos.
Provolone
O Provolone tem a mesma pegada que o muçarela, porém recebe tratamento de defumação. À medida que o queijo envelhece e perde o teor de água, torna-se mais rico em sabor com o seu maior teor de gordura e por isso, pedem vinhos tintos potentes.
“Estes atributos são ideais para combinar vinhos tintos potentes porque o teor de gordura no queijo neutraliza os altos taninos do vinho. A sugestão são principalmente os italianos: Sangiovese, Chianti, Brunello”, conclui.