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O plenário do TSE cassou por unanimidade o mandato do deputado federal Neri Geller (PP-MT)

TSE cassa mandato de deputado de MT que fica inelegível 8 anos

O parlamentar é candidato ao Senado nessas eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do deputado federal do MT, Neri Geller (PP-MT). em votação unânime. Desse modo, ele recebeu a acusação de captação ilícita de recursos para financiar campanhas políticas.

No entanto, na decisão, o TSE declarou a inelegibilidade de Geller por oito anos. Enquadrando-o assim, na Lei da Ficha Limpa. O parlamentar é candidato ao Senado nas eleições deste ano, mas ainda não teve o registro de sua candidatura deferido pela Justiça Eleitoral.

Sendo assim, o caso teve julgamento no plenário virtual pelos ministros do TSE. Todos concordaram com a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), segundo a qual Geller montou um esquema de triangulação bancária para receber recursos de empresas para financiar campanhas de deputado estadual no Mato Grosso. De acordo com a ação, Geller doou R$ 1,3 milhão para a campanha de 11 candidatos, sendo que mais da metade desses recursos financiou a campanha de políticos eleitos, informou o MPE.

O plenário do TSE seguiu o voto do relator no caso

“A quebra de sigilo bancário requerida pelo Ministério Público e autorizada pela Justiça revelou que o deputado federal, também empresário no meio rural, captava recursos de empresas e os transferia para a conta de seu filho, que, por sua vez, devolvia ao pai. Ou seja, com o intuito de mascarar a origem do dinheiro a ser utilizado com fins eleitorais”, disse o MPE, em nota.

O plenário do TSE seguiu o voto de cassação do mandato do deputado de MT, feito pelo relator do caso, o ministro Mauro Campbell . Para ele houve uma “trama” financeira para a captação de recursos vedados pela legislação eleitoral. A conclusão se deu a partir da análise de extratos bancários e documentos fiscais, ressaltou ele. Com a decisão, houve a reversão do acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).

Em nota, a assessoria jurídica do deputado Neri Geller, disse que ele teve “uma cassação injusta e a prova irrefutável disso foi a decisão em cima de um pedido que não fazia parte dos autos”. O texto acrescenta que “Geller teve acusação por ser produtor rural e também por natureza intrínseca, vender soja e milho”.

Por fim, a nota diz que “a assessoria jurídica do parlamentar continuará trabalhando pelos meios judiciais cabíveis”. Em tese, o parlamentar ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).