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O fenômeno da seca não ocorre somente em Várzea Grande, Mato Grosso, mas em outros 16 estados e no Distrito Federal - Foto Mayke Toscano/Secom-MT

Várzea Grande enfrenta a pior seca das últimas quatro décadas

Fumaça por toda parte, calor extremo e seca severa

O município de Várzea Grande enfrenta uma das maiores secas desde 1980, conforme levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). No apontamento, todos os 142 municípios de Mato Grosso estão em situação de seca, que varia de seca extrema a moderada. O fenômeno da seca não ocorre somente em Várzea Grande, Mato Grosso, mas em outros 16 estados e no Distrito Federal.

Em Cuiabá e Várzea Grande, a última chuva caiu em 18 de abril. Já são 138 dias sem uma gota para aumentar os níveis dos rios e aumentar a umidade relativa do ar. Aliás, está a níveis de deserto de 10%. Abaixo de 30% já coloca a saúde das pessoas em risco. Conforme a Marinha do Brasil, o nível do Rio Cuiabá está com 0,92 centímetros, sendo que a média para o período é de 1,20 metro e o nível mínimo é de 0,88 centímetros.

Nível do Rio Cuiabá muito baixo

A situação fez com que o Departamento de Águas e Esgoto (DAE) tivesse que baixar as bombas quase no nível das pedras para não prejudicar o abastecimento de água na cidade.

“Este ano está tendo uma seca terrível e o nível do Rio Cuiabá baixou muito. Nós descemos as bombas lá embaixo, quase barrando a pedra, para poder abastecer a cidade. Tudo isso implica no abastecimento de água. Cuiabá abastece também o Rio Cuiabá, só que Cuiabá também capta do Rio Coxipó, e esses dias também teve problema de abastecimento com uma empresa terceirizada. Nós estamos fazendo todos os esforços necessários e investimentos para diminuir ainda mais a intermitência”, garantiu o prefeito de Várzea Grande e candidato à reeleição, Kalil Baracat (MDB).

Investimentos em água e esgoto

O prefeito Kalil Baracat destaca que vai resolver o abastecimento de água sempre em sua gestão. Já estão em funcionamento a ETA da Barra do Pari, ETA Cristo Rei e já está em testes a ETA da Imigrantes.

“Várzea Grande não é o deserto que todo mundo pinta. Criou-se uma narrativa que não tem água e isso não é verdade. Existem problemas pontuais. Antes, Várzea Grande tinha 3 Estações de Tratamento de Água e hoje tem 6”, disse Kalil.

O prefeito diz que, apesar disso, ainda há desafios a serem feitos. Mesmo sendo o prefeito que mais investiu em saneamento básico na história de Várzea Grande. Com a redução da intermitência, ele pretende que, no mínimo, a água chegue às casas dia sim, dia não.

Por meio de um financiamento contraído pela Prefeitura de Várzea Grande, na ordem de R$ 30 milhões, Kalil pretende investir na recuperação, melhoramento da rede e na hidrometração para evitar os desperdícios.