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Na cidade próxima na capital Viena, Áustria, que ela concluiu seus estudos em instituições públicas e o seu primeiro trabalho

Veja 5 costumes comuns no trabalho na Áustria, mas não no Brasil

Sarita Vollnhofer, CHRO da Alice, nasceu e trabalhou no país da Áustria e sentiu diferença na rotina de trabalho quando se mudou para o Brasil

Interbruehl é o nome da cidade da Áustria onde a executiva Sarita Vollnhofer nasceu. Nessa cidade de 5 mil habitantes, próximo da capital Viena, na Áustria foi que ela concluiu seus estudos em instituições públicas, se formou em Administração e conquistou o primeiro trabalho.

Por morar em um país no meio da Europa, além de falar alemão, idioma local, ela aprendeu na escola pública o inglês, francês e espanhol. “Queria muito estudar em outro país durante a faculdade e queria que fosse um lugar de língua inglesa. Acabei escolhendo um país bem diferente do meu, que foi a África do Sul”.

No país africano, Sarita se deparou com situações mais precárias na área da saúde e educação, do que no país europeu. “Vi uma desigualdade social muito maior neste país, e isso me estimulou ainda mais a conhecer culturas e lugares diferentes e a ter um propósito pessoal de construir com a sociedade”.

Desde então, a executiva foi colecionando experiências profissionais em outros países. Chegou a fazer mestrado em Relações Internacionais e Saúde Pública da Universidade de Columbia, nos EUA. Aliás, chegou a trabalhar na ONU, em Nova Iorque, trabalhou um ano em Nicarágua e depois chegou ao Brasil.

Mesmo dominando o inglês, espanhol, alemão e o francês, Sarita teve que se dedicar para aprender o português para conseguir sua carreira no Brasil. Apesar de ser um desafio aprender um novo idioma, para ela se adaptar a cultura local era o maior dos desafios, além de ser uma grande oportunidade.

Na Áustria:

  1. Pontualidade é sagrada: Chegar 5 minutos antes é a norma. Se você chega “no horário”, facilmente se sente atrasado. “Pontualidade é comum nos EUA e na Europa”;
  2. As reuniões são rápidas e objetivas: Discussões longas? Só se forem extremamente necessárias;
  3. A comunicação é direta e formal: Nada de rodeios. As pessoas, no entanto, dizem exatamente o que pensam, sem entrelinhas;
  4. Não compartilhe informações da vida pessoal: Facilmente considerado como “oversharing”, ou seja, compartilhamento excessivo;
  5. Almoço fora do escritório só em ocasiões especiais: O normal é comer na mesa ou pegar um sanduíche no mercado.

No Brasil:

  1. A flexibilidade é a chave: “Cinco minutinhos” podem se estender. Um “já já” pode significar qualquer coisa entre 5 minutos e uma hora;
  2. Reuniões são quase um evento social: com direito a café, pão de queijo e bate-papo com amenidades. É uma forma de criar laços e fortalecer o time;
  3. A comunicação é calorosa e informal: Compartilhar coisas da vida pessoal é esperado;
  4. Reuniões mais longas: é normal uma introdução “quebra-gelo” antes das reuniões e assuntos que não necessariamente são sobre o trabalho;
  5. Escovar os dentes no banheiro do escritório faz parte da rotina diária: Algo inimaginável na Áustria!

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Para quem deseja seguir uma carreira internacional, Sarita traz como conselho estudar o idioma local, buscar amigos e ser aberto para o novo.

“Estudar o idioma local, não é só importante profissionalmente, mas também para sua adaptação à cultura e ao país. Buscar amigos da sua nacionalidade pode dar segurança no começo. Por outro lado, conhecer pessoas locais e fazer amigos “nativos” vai ajudar na sua integração”, diz. “Vale lembrar que também é importante ter mente e coração abertos para o novo. Mesmo se for difícil no começo, é preciso abraçar as diferenças que vai te fazer uma pessoa e profissional mais completa”.