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Presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro e da Guiana, Irfaan Ali, assinaram uma declaração conjunta para não utilizar a força no conflito

Venezuela e Guiana se comprometem a não usar força no conflito

Os dois países Venezuela e Guiana assinam declaração conjunta

Os presidentes da Venezuela e Guiana assinaram uma declaração conjunta em que os dois países se comprometem a não usar a força um contra o outro. O documento deixa claro que, nem a controvérsia sobre a atual fronteira entre as duas nações poderá ser motivo para agressões mútuas. 

Guiana e Venezuela se comprometem, ainda, que irão se abster de intensificar qualquer conflito ou desacordo entre elas e que qualquer incidente eventual entre os dois Estados. Imediatamente levado à Celac, à Caricom e ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para que contido e revertido e que tenha sua recorrência prevenida.

Os dois presidentes se encontraram para um diálogo nessa quinta-feira (14), na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas. Cujo primeiro-ministro, Ralph Gonsalves, também é presidente pro-tempore da Celac.

Mediação

A Celac, a Caricom e autoridades de vários países, incluindo o Brasil, que representado Celso Amorim, atuaram como mediadores da conversa entre Maduro e Ali.

A declaração divulgada também prevê que qualquer controvérsia entre os dois resolvida através de leis internacionais, incluindo o Acordo de Genebra, assinado em fevereiro de 1966.

Os dois países se comprometem, também, com a boa vizinhança, a coexistência pacífica e a unidade latino-americana. Mas deixam claro, no comunicado conjunto, que divergem em relação à legitimidade da Corte ICJ como instância para decidir a controvérsia fronteiriça. Marcaram uma próxima reunião marcada para ocorrer no Brasil, no prazo de três meses.

Diálogo

Em seu perfil, na rede social X (antigo Twitter), Ali agradeceu a sua equipe e a diplomatas internacionais pelo diálogo. “Eu também estendo minha gratidão aos líderes do Caricom, Celac e Brasil. Além dos representantes do Secretariado Geral das Nações Unidas e ao primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas por nos receber”, externou.

No início do mês, a Venezuela realizou uma consulta popular que aprovou a incorporação de Essequibo. Na região disputada entre os dois países há mais de um século e que perfaz quase 75% do território da Guiana. O governo venezuelano, contudo, também autorizou a exploração de recursos naturais na região e nomeou um governador militar para ela.

Desde então, as tensões entre os dois países aumentaram. O governo brasileiro portanto, reforçou as tropas militares em Roraima, que faz fronteira com os dois países, e defendeu a resolução da controvérsia entre as duas nações por meio de um diálogo mediado.

Fonte: Agência Brasil