Esses túneis podem abrigar organismos
Marte é hoje considerado um planeta inóspito, um enorme deserto, mas talvez nem sempre tenha sido assim. Evidências indicam que o Planeta Vermelho já teve oceanos, o que aumenta as chances de que o nosso vizinho tenha tido vida no passado. Durante muito tempo uma rede de túneis foi apontada como um local que poderia abrigar organismos restantes desse período, mas será que isso pode ser verdade?
O que você precisa saber?
- Marte possui tubos de lava encontrados há muito tempo;
- Pesquisas na Terra indicam que é possível encontrar vida nesse tipo de ambiente;
- Ainda falta um longo caminho para confirmarmos essa hipótese.
Nos anos 1800, acreditava-se que Marte possuía uma série de canais que potencialmente abrigavam vida. Com o avanço da tecnologia, no entanto, descartaram essa hipótese. Mas a busca por microorganismos no Planeta Vermelho continua até hoje. Portanto, o IFL Science analisou essa possibilidade.
Apesar da rede de canais não ser como se pensava no passado, realmente existem túneis em Marte formados pela lava no tempo em que a atividade vulcânica ainda era presente de forma intensa no planeta. Tudo isso em um período em que o clima por lá deveria ser mais próximo do que vimos aqui na Terra.
Esse tipo de tubo de lava também existe aqui na Terra
Com o passar dos séculos, Marte provavelmente perdeu sua atmosfera e seu campo magnético. Dessa forma, se ainda existir vida microbiana em Marte ela deve estar escondida no subsolo, ou… nas cavernas.
Esse tipo de tubo de lava também existe aqui na Terra e analisar essas composições é importante para entendermos as chances de ainda existir vida microbiana no Planeta Vermelho.
No Havaí, tubos de lava do vulcão Mauna Loa podem servir como amostras. “Os micróbios que encontramos no Havaí podem ser semelhantes aos micróbios que viveram em Marte”, explicou a pesquisadora Chloe Fishman à NASA, após uma viagem para coletar amostras em abril, “ou mesmo micróbios que vivem lá hoje”.
Com a nossa aproximação de Marte e a possível presença humana por lá nas próximas décadas, estamos cada vez mais perto de explorarmos essas cavernas.