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A irreverência da personagem símbolo do movimento antropofágico está sendo reatualizada em solos cuiabanos e chapadenses, por meio do videoarte “Macunaíma Pop do Cerrado”.

Videoarte revive Macunaíma em solos do cerrado mato-grossense

Projeto selecionado em edital da Secel une a tecnologia do vídeo às expressões artísticas em videoarte da Macunaíma

A irreverência da personagem símbolo do movimento antropofágico está sendo reatualizada em solos cuiabanos e chapadenses, por meio do videoarte “Macunaíma Pop do Cerrado”.

Selecionado no edital Audiovisual, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), o material une a tecnologia do vídeo às expressões artísticas, trazendo conceitos do naturalismo fantástico, afrofuturismo e distopia.

As captações de imagem ocorreram  em dezembro, em locações no cruzamento de duas avenidas centrais de Cuiabá e no cerrado de Chapada dos Guimarães. Mas a previsão é que o trabalho seja lançado em março ou abril do próximo ano.

Na versão mato-grossense, Macunaíma é rasgado pelas reexistências seculares de indígenas, negros, ribeirinhos e populações rurais. Além de corpos em transição e fluidez de gênero que se manifestam no cerrado, segundo maior bioma brasileiro.

Conforme a produtora executiva do projeto, Ju Queiroz, o videoarte traça um paralelo entre o processo de branquitude da personagem na obra original de Mário de Andrade

“O Macunaíma, a irreverência da personagem símbolo do movimento antropofágico está sendo reatualizada em solos cuiabanos e chapadenses, por meio do videoarte “Macunaíma Pop do Cerrado”. Apresentado no videoarte está liberto do processo de branquitude, abrindo novas possibilidades de sentir e afetar”, explica.

A produção do videoarte está sob a coordenação do trio de artistas independentes. São Ju Queiroz (produtora executiva e diretora de fotografia), Sol Ferreira (diretor), assim como Rodrigo Zaiden (roteirista e codiretor).

O projeto conta ainda com a expertise de filmagem e edição de Henrique Santian. Mas a direção de produção de Paula Dias e atuações da multiartista primaverense Alice Anayumi e do carioca radicado em Campo Grande (MS), Felipe Lourenço.

Macunaíma, é um livro publicado em 1928 pelo polímata brasileiro Mário de Andrade, considerado a sua principal obra-prima.