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AgRural considera que a área semeada com o milho na segunda safra, também conhecido como “safrinha”, atingirá 16,376 milhões de hectares

AgRural eleva previsão de 2ª safra de milho no Brasil com revisão na área plantada

A consultoria disse que a safra de soja 2023/2024 ocupava 23% de área plantada até a última quinta-feira, comparado com 17% um ano antes

A segunda safra de milho do Brasil 2023/24 está estimada em 91,2 milhões de toneladas. De acordo com a consultoria AgRural, apontou que a produção poderá ser maior que o esperado, ainda que fique abaixo do recorde da temporada anterior.

Em dezembro, a consultoria considerava uma projeção de safra de 86,3 milhões de toneladas. Mas a expectativa melhorou graças a uma revisão positiva na previsão de área plantada.

Agora a AgRural considera que a área semeada com o milho na segunda safra, também conhecido como “safrinha”, atingirá 16,376 milhões de hectares. Ou seja, uma queda de 4,7% em relação à temporada anterior. Em dezembro, a consultoria previa redução de 9,4% no plantio. Ao final do ano passado, a AgRural ainda projetava uma janela de semeadura mais apertada para o cereal por conta dos problemas climáticos para a soja. Algo que mudou após o ciclo das lavouras da oleaginosa encurtado pelo tempo seco e quente.

A consultoria disse que a safra de soja 2023/2024 ocupava 23% de área plantada até a última quinta-feira. Comparado com 17% um ano antes.

Um plantio da “safrinha” dentro da “janela” ideal é importante e traz mais confiança ao produtor. Portanto, quanto mais cedo a implantação da lavoura, menor a chance de os cultivos sofrerem com a falta de umidade na principal região produtora do país.

Colheita de soja e o plantio de milho estavam adiantados em Mato Grosso

O analista também citou uma melhora do mercado de milho na virada do ano. O que ajudou na decisão de produtores de plantar uma área maior do que a esperada.

A “safrinha” que era relativamente pequena no passado mas atualmente representa entre 70%-80% da produção nacional de milho, dependendo do ano, é importante para garantir o consumo interno. Mas também as exportações do país, que é um dos maiores exportadores mundiais.

Uma safra maior do que o esperado, se confirmada, deve ajudar produtores brasileiros que sofreram uma quebra expressiva na colheita de soja, por conta do tempo seco e quente. As condições climáticas forçaram agricultores a replantar a oleaginosa em alguns campos. Entretanto, gerou preocupações de que atrasos pudessem comprometer a janela do milho, o que se vê agora que não aconteceu em Mato Grosso, principal produtor de grãos do Brasil.

Até sexta-feira, a colheita de soja e o plantio de milho estavam adiantados em Mato Grosso na comparação com a média histórica. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), produtores já tinham colhido mais de 50% dos cultivos da oleaginosa e plantado mais de 40% da área projetada com o cereal.

Segundo Gomes, a segunda safra de milho se desenvolve dentro da “normalidade” até o momento.

A projeção de 91,2 milhões de toneladas para “safrinha” leva em conta uma linha de produtividade histórica, ponderou Gomes. Considerando que a safra ainda está em fase de plantio.

A“safrinha” deverá recuar na comparação com o recorde registrado na temporada passada pela estatal Conab, de 102,36 milhões de toneladas.