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Moradores do local participaram da audiência pública promovida pela ALMT para discutir as dificuldades que têm enfrentado na MT-251

ALMT realiza audiência pública para discutir a MT-251

Representantes da Sinfra estiveram no evento, em Chapada dos Guimarães e fizeram apresentação para discutir a MT-251

A cidade de Chapada dos Guimarães tem sentido os impactos da interrupção do tráfego de veículos pesados na MT-251, a Estrada de Chapada, onde moradores do local participaram da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e compartilharam as dificuldades que têm enfrentado.

No aspecto econômico, comerciantes relatam quedas no faturamento e a necessidade de demitir funcionários. É o caso do empresário José Carlos Biancardini, proprietário de um restaurante na região. Segundo ele, o movimento caiu aproximadamente 60%.

A interrupção da rodovia para veículos pesados também tem impactos sociais. Os caminhões que trazem produtos alimentícios precisam percorrer distâncias maiores para chegar à cidade e, com isso, o reflexo observado nas prateleiras dos mercados.

De acordo com o vereador Mariano Fidelis (PDT), presidente da Câmara Municipal de Chapada dos Guimarães, onde a audiência pública ocorreu, os parlamentares acompanham de perto os dramas vividos por quem precisa se deslocar até a capital mato-grossense, para o seu tratamentos de saúde ou, simplesmente para estudar.

O deputado estadual Wilson Santos (PSD), requerente da audiência pública, destacou a importância dessas reuniões para ouvir os anseios da população. Desse modo, encontrar em conjunto soluções para os problemas enfrentados.

Debate técnico

A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT), representada pela secretária-adjunta de Obras Rodoviárias, Nivea Calzolari, e pelo engenheiro civil Wilson Conciani, consultor técnico contratado para conduzir os estudos, embasarão as soluções do governo para o tráfego na região do Portão do Inferno.

Em sua apresentação, Conciani explicou aos moradores sobre as quedas de barreiras rochosas naturais no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Em virtude dos efeitos do tempo sobre a natureza, ou seja, a aceleração desses movimentos é preocupante.

Enquanto a equipe responsável realiza estudos geotécnicos, algumas ações imediatas foram adotadas, entre elas o monitoramento por vídeo. Assim como a limitação do tráfego para meia pista, a remoção de grandes blocos rochosos, a proteção de blocos menores com telas e a instalação de uma estação meteorológica no local das intervenções.

Encaminhamentos

A secretária adjunta, Nivea Calzolari, ouviu os pedidos de liberação da rodovia em duas pistas e do trânsito de veículos pesados. Ela disse que, por enquanto, não haverá mudanças em relação a esses pontos. A respeito da celeridade na apresentação de soluções por parte do governo, ela explicou que precisa de mais estudos para o devido andamento.

Sobre a liberação de vans escolares e a alteração dos pontos de interrupção do tráfego na região do Portão do Inferno (no modelo Pare e Siga), a secretária disse que debaterá o assunto com os demais responsáveis e dará um retorno em breve.

Os deputados Wilson Santos e Carlos Avallone, que participaram da audiência, cobraram urgência da Sinfra para definir a solução que aplicada ao caso. Entre as opções discutidas pelo governo estão a construção de uma ponte estaiada, um túnel dentro do morro, um novo viaduto ou cortes mais complexos nos paredões. “A solução definitiva precisa ser definida o quanto antes, para que a obra não demore a começar e os prejuízos possam minimizados”, disse Avallone.