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O arroz e feijão não são apenas uma opção equilibrada e nutritiva; também podem ser utilizados como estratégia de emagrecimento

Entenda por que o arroz com feijão é o melhor para emagrecer

Isso quando comparada a dietas famosas, como a do mediterrâneo, dash, mind, cetogênica

O arroz e feijão não são apenas uma opção equilibrada e nutritiva; também podem ser utilizados como estratégia de emagrecimento. Atualmente, existem diversas opções de dieta: do mediterrâneo, dash, mind, cetogênica, entre outras. Porém, em meio a tantas opções, qual é a mais indicada para o brasileiro? A resposta é simples e direta: arroz e feijão.

O bom e velho arroz com feijão, por mais comum que pareça, fornece toda a base alimentar de que um indivíduo precisa. Segundo a explicação de Vanderli Marchiori, membro da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.

“Quando a gente faz a combinação do arroz e do feijão, um pouco mais de feijão do que arroz, nós temos uma quantidade de carboidrato e proteína bastante equilibrada. E que serve assim, como base da alimentação”, explica.

O arroz, por si só, tem pouca proteína. Portanto não vai gerar saciedade suficiente e a pessoa vai sentir fome rapidamente. Já o feijão, quando consumido isoladamente, vai dar saciedade. Mas haverá falta de carboidrato para ajustar na necessidade calórica do dia.

Por isso, é preciso levar em consideração os macronutrientes essenciais. Por exemplo, os lipídios, gordura, proteína e carboidrato, o arroz e o feijão são opções nutritivas.

O Ministério da saúde recomenda que brasileiros comam feijão com arroz todos os dias

A quantidade adequada para cada pessoa vai depender de alguns fatores, como sexo, altura e idade. Pessoas mais jovens consomem mais energia, portanto, precisam de uma porção maior da dupla.

“Para uma mulher brasileira média de 30 anos e 1,60 m, seria próximo de três colheres de sopa de arroz com uma concha grande de feijão”, conta a nutricionista.

Se considerarmos o padrão genérico, segundo Vanderli, o correto é uma parte de arroz para duas de feijão. Por exemplo, duas colheres de sopa de arroz e quatro colheres de sopa de feijão.

Guia Alimentar — Como Ter uma Alimentação Saudável, do Ministério da Saúde, também recomenda que os brasileiros comam feijão com arroz todos os dias. Ou, pelo menos, cinco vezes por semana.

O documento explica que “esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde”. Entre as recomendações estão a variação do tipo de feijão (preto, carioquinha, verde e branco, por exemplo) e da forma de preparo.

Os vegetais são importantes: responsáveis pelo ajuste do metabolismo

Porém, mesmo que a dupla forneça o que o corpo precisa, para ela se tornar de fato completa, de acordo com a nutricionista, “vai precisar sempre de vegetais. Sobretudo para fazer a composição extra de vitaminas e minerais”.

Para atingir o padrão ouro, o prato pode ser complementado com ovo cozido, pochê ou omelete com pouca gordura. E também, com uma boa salada com os vegetais que estiverem disponíveis.

“Podemos fazer com repolho, pois ele rende bastante, ou com cenoura ralada. Mas, se for uma pessoa que já pode comer uma salada mais variada, podemos fazer uma rotação. Entre alface, rúcula e espinafre, tomate, cenoura, entre outros”, recomenda Vanderli.

A profissional diz que a refeição mais completa é o “arroz mais o feijão, com 100 gramas de peixe ou frango. Ou dois ovos, e uma generosa porção de salada crua com cores variadas”.

Os vegetais são extremamente importantes, pois são responsáveis pelo ajuste fino do metabolismo: regulagem de cada célula. A falta deles pode causar cansaço, queda de cabelos e unhas fracas, por exemplo.

O prato também pode se combinar com um suco de maracujá ou limão e água. Um elemento indispensável em qualquer dieta.

Emagrecimento

O arroz e feijão não são apenas uma opção equilibrada e nutritiva. Também podem ser utilizados como estratégia de emagrecimento.

“O valor calórico do arroz com feijão se adequa bastante para uma refeição maior, como por exemplo, no almoço ou jantar. Alem de ser rico em fibras, porque o feijão tem bastante fibra”, informa a especialista.

Vanderli ainda observa que “o brasileiro começou a ganhar peso a partir do momento em que ele tirou o arroz e feijão do prato. Os índices de aumento de obesidade são ligados à pesquisa de orçamento familiar. Pois mostra um consumo menor de feijão e de arroz pela população”.

A avaliação do que pode ter motivado o aumento das taxas globais de excesso de peso no público infantil foi feita através de um estudo. O mesmo foi realizado pelo British Journal of Nutrition, publicado neste ano.

Os pesquisadores descobriram que o crescimento ocorreu “devido às intensas práticas de propaganda, pelo preço baixo de alimentos de alta densidade calórica. Como também, o aumento do poder de consumo. Além disso, crianças e adolescentes possuem acesso imediato a alimentos ultraprocessados em lancherias e fast-foods próximos à sua casa e escola”.

Os resultados demonstram que todas as faixas etárias podem estar, cada vez mais, retirando o arroz e feijão do prato.