A comitiva do Brasil e o ministro da Agricultura e Pecuária desembarcaram na Arábia Saudita após missão no Japão
Liderada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a comitiva do Brasil desembarcou na Arábia Saudita. Fávaro se reuniu com o ministro de Meio Ambiente, Água e Agricultura, Abdulrahman Abdulmohsen A. AlFadley, na capital Riad.
Durante o encontro, os ministros ressaltaram os aspectos de complementaridade entre Brasil e Arábia Saudita para a formação de um grupo de trabalho. Visando parceria conjunta no setor agropecuário e de insumos agrícolas.
Neste sentido, eles trataram do maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, encabeçado pelo Mapa. Ou seja, o objetivo é de dobrar a área de produção de alimentos no país sem desmatamento.
Aliás, a proposta contribui para o controle das mudanças climáticas e a segurança alimentar. O ministro saudita informou que sua pasta irá atuar no sentido de pavimentar o caminho para que a Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (SALIC) e empresas do setor privado do país ingressem na iniciativa.
Vale lembrar que a Salic adquiriu junto da Marfrig (MRFG3), 500 milhões de ações da BRF (BRFS3), em uma oferta que movimentou R$ 5,4 bilhões. Além disso, a Salic conta com participação de 31% na Minerva (BEEF3).
Arábia Saudita e o agronegócio do Brasil
Mohammed bin Mansour Al-Mousa, CEO da Salic, confirmou o interesse em participar do programa de produção sustentável de alimentos do mundo, apresentado pelo ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro.
Além de integrar o grupo de trabalho governamental acordado entre o Mapa e o Ministério de Meio Ambiente, Água e Agricultura da Arábia Saudita (MEWA) para estruturação da parceria no programa de recuperação de pastagens, a companhia irá criar e coordenar um segundo grupo para dar continuidade às tratativas no âmbito privado, identificando empresas sauditas interessadas na proposta.
Dessa forma, o projeto desenvolvido prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens. Dessa forma, pode praticamente, dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, contribuindo para a segurança alimentar do planeta e o controle das mudanças climáticas, com a redução da emissão de carbono.
Outras parcerias podem ser firmadas no comércio de grãos e insumos agrícolas, inseridas na recuperação de pastagens de baixa produtividade.