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A mesma cannabis que ajuda a tratar doenças em humanos, também pode ser usada para tratamento de pets com paralisia e convulsões

Cannabis ajuda no tratamento de pets com paralisia e convulsões

A mesma cannabis que ajuda a tratar doenças em humanos, também pode ser usada para tratamento de pets com paralisia e convulsões

A cannabis que ajuda no tratamento de pets com paralisia e convulsões está sendo feito no Brasil e os resultados são animadores. A ativista e defensora dos animais Simone Gatto é tutora de seis gatos paraplégicos e lidera uma campanha pela liberação do canabidiol para tratamento veterinários desde que uma de suas gatinhas. A Denisa melhorou após as dores fortes que sofria por causa da tetraplegia. Ela tinha 20 convulsões por dia.

Pesquisa USP

O acompanhamento médico de Denisa começou na Universidade de São Paulo, há 3 anos. A USP tem a maior produção científica mundial sobre canabidiol. Lá Denise, a primeira gatinha foi estudada para o tratamento com o uso da cannabis no Brasil, teve vários avanços.

A pesquisa foi suspensa pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e teve que paralisada. Antes de adotada, Denisa sofria com algumas doenças como artrite, artrose, hérnia de disco, bico de papagaio e polirradiculite (doença no sistema nervoso).

As dores eram constantes e os tratamentos convencionais não pareciam fazer tanto efeito. Até que ela recebeu o tratamento com cannabis.

“Denisa passava por diversos tratamentos convencionais como acupuntura, fisioterapia, microfisioterapia e quiropraxia que ajudam, mas não tinham o potencial para curar ou diminuir suas convulsões. Em cerca de três dias as convulsões praticamente desaparecem”, disse ela se referindo ao tratamento com o canabidiol.

20 convulsões por dia

Para Simone, o fato de Denisa ter 19 anos e ainda estar viva, é uma prova de que o tratamento com CBD para animais de estimação é, sim, eficaz.

Antes, a gatinha chegava a ter vinte convulsões por dia, mesmo tomando os medicamentos anticonvulsivantes e diversos analgésicos. “Hoje o quadro dela está bem controlado e tem poucas convulsões, quando causadas por estímulos mais intensos, como barulhos extremos. Fora isso, ela não tem mais e, atualmente, toma apenas um anticonvulsivante. Foi realmente uma melhora significativa”, disse Maira.

A aplicação em pets

Nos gatinhos e cachorrinhos a aplicação é por via oral. “A administração feita com o óleo, ou em cápsulas que tem boa absorção e boa biodisponibilidade. Além disso, já conhecemos a farmacodinâmica e farmacocinética”, contou Maira.

Aliás, o medicamento é muito promissor para casos de ansiedade, algo já difundido em humanos, e também estudado mais recentemente em pets.

Outros testes

Maira contou que ainda não existem muitos estudos com o uso de canabidiol em animais. Os principais são os cães, gatos e, em alguns casos, equinos. A dificuldade ainda é a falta de autorização para o acesso da substância.

“A maioria dos estudos ocorrem em cães, que são mais fáceis de pesquisar. Mais precisamente, são cinco estudos sobre artrose em cães e um sobre convulsões. Assim como o estudo realizado com gatos”.

Para a profissional, é importante diferenciar a canabidiol e a tetrahidrocanabinol (THC). Mas apesar de ambas utilizadas de forma medicina, somente a THC é responsável pelos efeitos psicoativos característico das maconha.

Ela ainda ressalta a diferença do uso medicinal dos derivados da maconha e o uso recreativo. “Isso gera muito preconceito, pois as pessoas confundem muito, mesmo em relação ao uso recreacional. Este, de forma abusiva, gera problemas como dependência e aumento no índice de câncer da boca, da garganta e vários outros efeitos colaterais”, comentou.