Quando o chefe é mais novo e as visões são diferentes
E quando o mais jovem é o chefe e passa a liderar o mais velho? No mercado de trabalho já não é difícil encontrar profissionais de três ou quatro gerações diferentes convivendo na mesma empresa. Muito se tem discutido sobre os conflitos mais comuns entre as diferentes visões e sobre comportamentos geracionais no ambiente corporativo.
De acordo com especialistas de Recursos Humanos, especialmente os profissionais das chamadas geração X e baby boomer (com idade entre 40 e 70 anos, aproximadamente), se acostumaram a receber orientações de gestores mais velhos ao longo de sua vida profissional. Mas diante do atual cenário, marcado pela crescente inovação tecnológica e maior abertura de oportunidades para os mais novos, têm agora de lidar com a chance de serem comandados por colegas da geração Z, nascidos a partir do final dos anos 90.
A razão para isso é que os mais novos conseguem ter habilidades comportamentais e técnicas que são indispensáveis hoje em dia. Sobretudo, ao se destacarem em suas determinadas funções. Quando surge oportunidade, mesmo com a faixa etária menor, as empresas irão reter esses talentos. Já que acreditam no potencial e responsabilidade de funcionários novatos até mais que do que eles mesmos costumam acreditar.
Os profissionais mais experientes precisam não apenas estar preparados para a concorrência dos jovens. Mas também ser mais resilientes quando for preciso receber ordens e atribuições desses colegas.
Compreender seus pontos fracos e fortes para auxiliar o chefe
Nesse momento o colaborador precisa rever suas habilidades, sem se diminuir. Para compreender quais são seus pontos fracos e fortes se comparados aos do gestor mais jovem escalado para aquela liderança. O autoquestionamento não deve apenas vir para melhor se educar sobre esse novo formato. Mas também para se atualizar por meio das novas tendências de soft e hard skills. Pois são atividades indispensáveis do departamento”.
Dados de recente relatório do Fórum Econômico Mundial sobre o futuro dos empregos trazem muitas revelações. Entre elas, que as oportunidades se voltarão cada vez mais ao mercado de tecnologia e sustentabilidade. Sendo que 44% das formas de se trabalhar deverão ser reformuladas até 2027.
O dado já traz um olhar mais crítico sobre qual caminho deve-se seguir para se capacitar. Seja para os mais jovens ou os mais velhos, quando o assunto é tecnologia ambos devem entender que não sabem muito diante do que está por vir. Sendo assim, ainda há tempo de as gerações ‘se igualarem’.
De todo modo, para os profissionais que buscam desde já vivenciar, da forma mais sadia e produtiva possível, a convivência com um líder mais jovem.
Confira 5 dicas
1) Mantenha a calma: ter um gestor mais novo não quer dizer que ele seja imaturo, nem que você deva se preocupar com as tomadas de decisão feitas por ele. Tampouco que este seja superior em relação a você por estar num cargo de liderança;
2) Perceba as oportunidades: um líder mais novo pode contribuir com diferentes visões sobre assuntos mais inovadores;
3) Seja apoiador: esqueça hierarquia e conflitos de geração. Apenas respeite o trabalho do jovem gestor. Incentive-o e saiba defender sua visão de negócio com educação. Mesmo que você possa ter maiores embasamento e vivência do que o novo gestor;
4) Mão dupla: você também pode compartilhar suas experiências para melhor apoiá-lo e prepará-lo para o cargo. Da mesma maneira que esse jovem líder pode ensinar-lhe novas técnicas e tendências com que você talvez não tenha familiaridade;
5) Tenha empatia: conheça o trajeto, o histórico profissional e pessoal, que este jovem percorreu para ocupar a liderança. Escute-o, apoie-o mesmo que ele não seja um chefe de primeira viagem. E, principalmente, una-se a ele como um verdadeiro time, visando sempre o melhor para os negócios da empresa.
