Cargos substituíveis não voltados para o cliente, totalizam cerca de 26 mil trabalhadores da IBM
A International Business Machines (IBM) disse que irá interromper as contratações para cargos que acredita que podem ser substituíveis por Inteligência Artificial (IA) nos próximos anos. À Bloomberg News, o CEO da companhia, Arvind Krishna, destacou principalmente o recrutamento para funções administrativas, como na área de Recursos Humanos.
Funções não voltadas para o cliente, como Krishna categorizou, totalizam cerca de 26 mil trabalhadores da IBM. Segundo a projeção do executivo, 30% disso será possivelmente substituído por IA e automação — o que significa 7.800 vagas substituídas pela tecnologia.
De acordo com um porta-voz, a redução inclui também os cortes de funções por desgaste ou por se tornar obsoleta. O plano marca uma das maiores estratégias de força de trabalho anunciadas em resposta ao rápido avanço da tecnologia.
A notícia vem com surpresa (mas nem tanto) para os que não acreditavam que algo neste sentido pudesse ocorrer devido o boom da inteligência artificial. Ao menos não tão rapidamente.
A ferramenta consegue automatizar o atendimento ao cliente, já que cria sozinha textos e códigos, mas se a mudança é segura ou viável, é outra questão.
A IA não é capaz de substituir toda a participação humana nas funções, mas tem sua colaboração na criatividade, inovação e otimização. Conforme analisou o sócio e diretor de inovação e criatividade na DreamONE, Ricardo Tarza.
Recentemente, o próprio ChatGPT também deu sua opinião e listou não apenas quais vagas podem ser afetadas pela sua chegada, mas em quanto tempo isso irá acontecer.
Atualmente, a IBM emprega cerca de 260 mil trabalhadores e continua contratando para funções de desenvolvimento de software e atendimento ao cliente. Vale lembrar que a companhia também entrou na onda das demissões e anunciou, no início do ano, um corte de 5 mil funcionários.