O Lyria usa inteligência artificial generativa para criar canções a partir de instruções em palavras ou voz
A DeepMind, empresa de IA da Alphabet, lançou nesta quinta-feira (16) uma nova ferramentas que cria músicas usando inteligência artificial generativa no YouTube.
Saiba mais
- Se trata do Lyria, que usa IA generativa para criar canções a partir de instruções em palavras ou voz;
- A ferramenta virá com recursos apresentados como experimentais, segundo o post no blog da empresa;
- Uma delas é o Dream Track, criado para sonorizar vídeos curtos no YouTube Shorts;
- Faixas criadas usando o Lyria terão uma marca d’água.
O plano da empresa é ambicioso: conseguir criar música em um instrumento específico, criar conjuntos completos de instrumentação baseado no cantarolar de uma melodia, usar acordes simples para criar um coro de vozes. E, por fim, construir faixas instrumentais ou de apoio para uma linha vocal.
A prioridade é auxiliar no processo criativo e fazer com que a música feita por IA soe mais natural. “Ao gerar longas sequências de som, é difícil para os modelos de IA manter a continuidade musical”, explica a DeepMind. Todavia isso se deve em parte à complexidade das informações (batidas, notas, harmonias).
Talvez, por isso, a função Dream Track foque nos vídeos curtos do Shorts. Um conjunto limitado de criadores dos EUA poderá experimentar a novidade em primeira mão para criar trilhas sonoras de 30 segundos usando IA.
Como funciona o Dream Track?
O recurso terá a “voz e estilo musical de artistas”. A lista inclui: Alec Benjamin, Charlie Puth, Charli XCX, Demi Lovato, John Legend, Sia, T- Dor, Troye Sivan e Papoose. A DeepMind diz que todos eles estão envolvidos no projeto, ajudando a testar e dando contribuições.
- O criador insere um tema, escolhe um dos artistas, e uma faixa com letra;
- Em seguida, a voz do músico selecionado é utilizada para criar a peça de 30 segundos que pode ser usada em vídeos do Shorts.
Lançamento
O Dream Track terá lançamento limitado a partir de hoje. Mais ferramentas serão lançadas ainda este ano, de acordo com informações da DeepMind.
O Lyria chega num momento em que a IA continua a gerar controvérsia, especialmente entre artistas. O próprio YouTube já confirmou que irá adotar regras mais rígidas contra conteúdo que clona a voz de músicos usando a tecnologia.
