Governador é contra “corrida para comprar detectores de metais” mas defende agir no DNA da violência
O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça (18), que é preciso agir no DNA da violência. Assim, afirmou que para resolver os problemas de ataques nas escolas “não adianta fazer uma corrida para comprar detector de metais e transformar o detector no novo aparelho respirador da pandemia”.
A fala aconteceu durante reunião entre os governadores de todos os estados brasileiros com o Governo Federal para discutir políticas públicas de segurança nas escolas, após os ataques recentes que causaram mortes em creches e escolas.
Em Blumenau, quatro crianças foram mortas. Na sequência, atos violentos em escolas também registrados em Manuas (AM) e em Santa Tereza de Goiás (GO). Antes, um caso grave havia acontecido em São Paulo (SP). Com isso, uma onda de ameaças e falsos alarmes começou a registrada em vários estados, inclusive em Mato Grosso.
A atenção é maior para esta quinta-feira (20), data que supostamente estaria marcada para novos ataques em várias escolas em todo o país. As forças de Segurança ganharam, portanto, reforços nas unidades na última semana.
Segundo Mauro, medidas emergenciais como levantar muros, colocar policiais nas escolas, comprar detector de metais são apenas paliativas, mas não irão trazer resultados que durem a longo prazo.
Em sua declaração, o governador também usou como exemplo a criminalidade em Mato Grosso. “As facções criminosas cada vez mais ampliam suas forças. No meu estado, todas as minhas forças de Segurança têm em torno de 15 mil profissionais. Uma única facção tem mais de 20 mil filiados cadastrados em Mato Grosso. Isso é um retrato da violência”, disse.
Além disso, o governador afirma que os jogos digitais violentos também vêm influenciando no comportamento dos jovens. Por isso, a violência precisa combater em suas raízes.
Ameaças em MT
A Polícia Civil de Mato Grosso identificou, 35 autores de mensagens falsas que causaram pânico em escolas de 20 cidades do estado. Todos encaminhados às delegacias da Polícia Civil e respondem pelo crime previsto no Artigo 41, de provocar alarme. Ou seja, anunciar perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
Entre os conduzidos e apreendidos estão dois adultos, uma criança de 10 anos e os demais são adolescentes entre 12 e 17 anos.