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Deputados estaduais e representantes da empresa Rumo Logística estiveram reunidos na ALMT, em busca de um entendimento para o conflito

Deputados e representantes de empresa discutem conflito envolvendo obra de ferrovia

Parlamentares sugeriram nova reunião em Rondonópolis para resolverem o conflito envolvendo a ferrovia

Deputados estaduais e representantes da empresa Rumo Logística estiveram reunidos na ALMT, em busca de um entendimento para o conflito envolvendo a instalação da Ferrovia. A Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo fica no município de Rondonópolis e moradores de seis bairros tentam impedir a mudança no traçado dos trilhos.

Com o objetivo de solucionar o impasse e garantir a continuidade da obra da empresa Rumo, os deputados presentes sugeriram a realização de visita técnica e reunião em Rondonópolis, com participação de técnicos da prefeitura, das secretarias de Meio Ambiente envolvidas e da empresa responsável. A Rumo Logística também se comprometeu a analisar a proposta alternativa de traçado desenvolvida pela prefeitura da cidade.

Participaram da reunião os deputados Nininho (PSD), Thiago Silva (MDB), Sebastião Rezende (União Brasil), Cláudio Ferreira (PL) e Eduardo Botelho (União Brasil). Eles defendem a ferrovia e a importância dela para a economia de Mato Grosso, mas não concordam com o traçado proposto pela Rumo, que implicaria na construção de trilhos dentro da cidade. Durante a reunião, os parlamentares reforçaram a necessidade de ouvir a população e de encontrar um caminho de conciliação entre os interesses econômicos da empresa e os interesses dos moradores.

O professor Agnaldo Gomes, morador de Rondonópolis, uma das pessoas diretamente afetadas, espera que a mudança no projeto se concretize. Para ele, a alteração deveria ter sido discutida com os moradores, por conta da ampliação observada no empreendimento. Agnaldo participou da reunião na ALMT, onde os parlamentares e representantes da Rumo o ouviram.

Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo

O procurador-geral de Rondonópolis, Rafael Santos Oliveira, representou o prefeito da cidade na reunião. Ele reforçou a necessidade de estreitar o diálogo com a empresa responsável pela obra. Entretanto, defendeu a proposta alternativa desenvolvida pelos técnicos do município como um caminho para resolver a questão.

O conflito envolvendo a obra da ferrovia na cidade de Rondonópolis tem tido desdobramentos judiciais. Em janeiro deste ano, a ALMT expediu um decreto para suspender a Licença de Instalação da obra. Para derrubar o decreto e dar continuidade à ferrovia, o Governo do Estado apresentou três ações diferentes. Uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), no Supremo Tribunal Federal (STF), bem com um Mandado de Segurança e uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.

No projeto original, os trilhos da ferrovia ficariam a aproximadamente 30 quilômetros de distância da cidade de Rondonópolis. Desse modo, com a alteração aprovada pela Sema, os trilhos atravessarão o município e atingirão diretamente os bairros Vila Operária, Jardim Maria Amélia, Pedra 90, Rosa Bororo, Parque Universitário e Vila Olinda.

Para aprovação do decreto legislativo, no entanto, os deputados levaram em conta os impactos sociais, ambientais. Bem como os riscos de acidente, barulho excessivo e necessidade de desapropriações para concretizar a obra.