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O estudo realizado na China acompanhou 44.115 adultos, sendo que no final 2.271 estavam com câncer; veja como prevenir a síndrome.

Descoberta a síndrome que pode aumentar o risco de câncer; entenda

O estudo realizado na China acompanhou 44.115 adultos, sendo que no final 2.271 estavam com câncer; veja como prevenir a síndrome

A Síndrome metabólica descontrolada aumenta o risco de desenvolver câncer. Este termo que vem ganhando cada vez mais destaque nas discussões de saúde, apontando para um conjunto de condições que elevam significativamente o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e agora, conforme novas pesquisas indicam, diversos tipos de câncer.

Vamos explorar como esse conjunto de fatores pode influenciar na saúde geral e predisposição ao câncer.

Um estudo, realizado na China e publicado no jornal científico CANCER, trouxe evidências sobre como a síndrome metabólica pode estar diretamente relacionada ao aumento do risco de desenvolver câncer.

A síndrome, conforme definida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), é diagnosticada quando um indivíduo apresenta três ou mais dos seguintes critérios: obesidade central, hipertensão arterial, glicemia alterada ou diagnóstico de diabetes, níveis de triglicerídeos elevados e baixo nível de HDL colesterol.

Para o novo estudo, os pesquisadores acompanharam 44.115 adultos, com idade média de 49 anos e categorizados em diferentes padrões para síndrome metabólica, entre 2010 e 2021. Durante esse período, 2.271 participantes receberam o diagnóstico de câncer.

De acordo com a pesquisa, indivíduos com padrões elevados de pontuação para síndrome metabólica mostraram um risco significativamente mais alto de desenvolver certos tipos de câncer, em comparação com o grupo que apresentavam um padrão baixo-estável para a síndrome.

Esses resultados abrem portas para uma reflexão mais profunda sobre como o manejo de fatores metabólicos pode servir como uma medida preventiva contra várias formas de câncer.

Quais são os tipos de câncer mais associados à síndrome metabólica?

  • Câncer de mama: o estudo mostrou um risco ampliado em 2,1 vezes para indivíduos com altas pontuações.
  • Câncer endometrial: o risco foi ainda maior, elevando-se para 3,3 vezes.
  • Câncer renal: esse tipo apresentou o aumento de risco mais significativo, sendo 4,5 vezes maior.
  • Câncer colorretal: com um aumento de 2,5 vezes no risco.
  • Câncer de fígado: aqui o risco aumentou em 1,6 vezes.

Como os resultados do estudo influenciam no tratamento?

O estudo sugere além do tratamento e gerenciamento tradicionais da síndrome metabólica. Ou seja, uma atenção especial deve ser dada ao monitoramento e prevenção do câncer nesses pacientes.

O alerta vai para profissionais da saúde que devem estar atentos não só às complicações cardiovasculares e diabéticas da síndrome metabólica. Mas também ao seu potencial de elevação de risco para diferentes tipos de câncer.

“Nosso estudo pode orientar pesquisas futuras sobre os mecanismos biológicos que ligam a síndrome metabólica ao câncer, resultando potencialmente em tratamentos direcionados ou estratégias preventivas. Será necessária uma avaliação formal destas intervenções para determinar se são capazes de modular o risco de câncer”, afirmou o autor sênior do estudo, Han-Ping Shi.

Afinal, como evitar síndrome metabólica?

  • Mantenha um monitoramento regular dos fatores metabólicos;
  • Adote um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática regular de exercício físico;
  • Realize check-ups médicos frequentes para detecção precoce de qualquer irregularidade;
  • Verificar regularmente a pressão arterial e tomar medidas para mantê-la dentro dos níveis saudáveis pode ajudar a prevenir a síndrome metabólica. E também outras condições relacionadas ao coração;
  • Monitorar os níveis de açúcar no sangue pode ajudar a prevenir a resistência à insulina;
  • Limite o consumo de álcool conforme as diretrizes de saúde;
  • O tabagismo está associado a um aumento do risco de síndrome metabólica e outras doenças cardiovasculares. Portanto, parar de fumar ou evitar o tabagismo pode ajudar a reduzir esse risco.

Entender e gerir eficazmente a síndrome metabólica pode não apenas melhorar a qualidade de vida, mas também reduzir o risco de câncer.