Um artigo publicado no jornal iScience, revelou que um ovo fossilizado contendo um embrião de dinossauro foi conservado de maneira perfeita
O ovo fossilizado apelidada de “Bebê Yingliang”, a criatura conhecida como oviraptorossauro tem algo entre 66 e 72 milhões de anos. Desse modo, mede aproximadamente 27 centímetros e pode ter uma relação muito próxima com os pássaros modernos.
Um elo com o passado
Uma análise revelou que esse dinossauro estava em uma posição pouco comum para dinossauros não-aviários. Mas já que sua cabeça está abaixo do corpo, um pé de cada lado e as costas curvadas ao longo do ovo.
Com isso, tal postura dá indícios de que essa espécie já tinha postura de pássaro pouco antes de sair do ovo. O que faria dele um ancestral das aves modernas que podemos encontrar hoje em dia.
“Este pequeno dinossauro pré-natal se parece com um filhote de pássaro curvado em seu ovo. É mais uma evidência de que muitas das características das aves atuais evoluídas em seus ancestrais dinossauros”, assim explicou o professor Steve Brusatte, autor do estudo referente ao ovo fossilizado.
Questão de sobrevivência
Vale mencionar também que essa posição, em aves modernas, está diretamente ligada a um comportamento controlado pelo sistema nervoso central durante o processo de incubação. Caso um embrião não consiga atingi-la nesse estágio, existem grandes chances de que ele morra.
Dado o ótimo estado de conservação deste fóssil (que no momento está guardado no Yingliang Stone Nature History Museum), os pesquisadores poderão estudar ainda mais sobre essa espécie de dinossauro. Porém, como esse bebê é o único da espécie, não seria possível afirmar com precisão que esse comportamento era comum em todos os embriões pré-históricos, já que seriam necessários mais alguns ovos para tentar chegar a alguma conclusão.
Por fim, a conclusão dos pesquisadores que “esse excepcional embrião fossilizado dá dicas de como alguns comportamentos de desenvolvimento que geralmente considerados únicos das aves podem estar mais enraizados na linhagem dos terópodes”.